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Ucrânia apresenta proposta de paz de 20 pontos em discussão com EUA

Zelenskiy apresenta pela primeira vez proposta de paz de vinte pontos em negociação com os EUA; avanços em garantias de segurança e neutralidade, mas disputas sobre território e Zaporizhzhia persistem, com possível encontro com Trump

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Ukrainian President Volodymyr Zelenskiy attends a press conference on the day of the European Union leaders' summit in Brussels, Belgium, December 18, 2025. REUTERS/Stephanie Lecocq
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  • Zelenskiy revelou, pela primeira vez, os 20 pontos do rascunho de paz em negociação com os EUA, que pode servir de base para acordos futuros para encerrar a guerra com a Rússia.
  • Dois pontos seguem sem consenso: controle de território e a usina de Zaporizhzhia; há possibilidade de um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, para avançar nessas questões.
  • O texto prevê soberania da Ucrânia, garantias de segurança robustas, manutenção das forças em 800 mil e garantias de defesa por EUA, OTAN e países europeus.
  • Entre as propostas, a Ucrânia se tornaria membro da União Europeia em data definida e poderia ter acesso preferencial ao mercado europeu por curto prazo, com pacote global de desenvolvimento e fundos para reconstrução estimados em $800 billion.
  • O acordo seria legalmente vinculante, com monitoramento por um Conselho de Paz liderado por Donald Trump; eleições seriam realizadas após a assinatura e o cessar-fogo ocorreria assim que houver consenso entre as partes.

Kyiv revelou, pela primeira vez, os 20 pontos de um rascunho de paz em negociação entre Ucrânia e EUA, que pode orientar acordos futuros para encerrar o conflito com a Rússia. Zelenskiy destacou avanços em várias áreas, embora haja impasses.

O presidente afirmou que a maior parte das posições ficou mais próxima desde o rascunho anterior, de 28 pontos. Ainda assim, território e a usina de Zaporizhzhia permanecem como pontos de divergência entre Kiev e Washington, que busca facilitar um encontro com Donald Trump para avançar as discussões.

Segundo a apresentação oficial, o texto reafirma a soberania da Ucrânia, propõe garantias de segurança robustas e prevê a manutenção das forças armadas do país em 800 mil homens. Também prevê garantias coletivas de defesa por aliados ocidentais.

Outra linha apontada promete cooperação para monitoramento da linha de contato com uso de tecnologia espacial e mecanismos de denúncia de violações, além de manter a Ucrânia como Estado não nuclear, em acordo com o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Entre os pontos, a Ucrânia ficaria ligada a um conjunto de acordos de defesa com a participação de EUA, NATO e a União Europeia, com referência a artigos de defesa coletiva semelhantes ao 5º de NATO. O texto detalha caminhos para a integração europeia.

A proposta também aborda o plano de reconstrução econômica, com fundos para recuperação, reconstrução e assistência humanitária, estimando mobilizar recursos significativos para o potencial ucraniano. Define ainda acesso comercial preferencial com a UE.

Sobre Zaporizhzhia, Zelenskiy explicou propostas distintas: operação conjunta entre EUA e Ucrânia, com participação russa, ou uma configuração 50-50 entre EUA e Ucrânia, com gestão direta por Kiev e repartição de energia. O acordo permanece sem consenso.

A lista de pontos também trata de cooperação educativa, tolerância religiosa e proteção de minorias, alinhando-se a regras da UE. Define a eventual demarcação de territórios com salvaguardas para não violar acordos firmados.

Pontos-chave e impasses

Dentre as áreas sensíveis, destaca-se a derradeira definição de território, com Kyiv buscando manter linhas de cessar-fogo já existentes, enquanto a Rússia pressiona para retirada de forças. Washington propõe zonas desmilitarizadas em parte de Donetsk controlada por Kiev.

Caso haja acordo sobre arranjos territoriais, as partes se comprometem a não utilizarem a força para alterar tais pactos. O texto ainda prevê regras de navegação e direitos sobre o rio Dnipro e o mar Negro, além da desmilitarização da Gibossita Kinburn.

Um comitê humanitário seria criado para tratar de trocas de prisioneiros, liberação de civis e assistência às vítimas. Medidas seriam tomadas para eleições na Ucrânia após a assinatura do acordo, com o monitoramento de um Conselho de Paz.

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