- O presidente Faustin-Archange Touadera busca terceiro mandato na eleição de domingo, apoiado por ganhos de segurança após acordos com rebelados e apoio de mercenários russos e tropas de Ruanda.
- O pleito ocorre em meio a discórdia sobre a decisão de 2023 que abriu caminho para a reeleição, segundo a oposição.
- O governo afirma avanços de paz, com acordos firmados com alguns grupos rebeldes e menor violência em várias regiões, mesmo diante de ataques esporádicos na região leste.
- A disputa eleitoral acontece junto com votações legislativas, regionais e municipais; segundo cenários, se nenhum candidato alcançar mais de metade dos votos, haverá segundo turno em 15 de fevereiro.
- O processo ocorre em meio a tensões sobre segurança, com críticos mencionando corrupção eleitoral e marginalização política, enquanto ocorrem riscos de descontentamento e violência após o pleito.
O presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, busca um terceiro mandato em eleições realizadas no domingo, apoiado por ganhos de segurança após acordos com rebeldes e pela presença de mercenários russos e tropas de Ruanda. A campanha enfatiza a estabilidade local.
O processo ocorre em meio a dez candidatos, incluindo Anicet-Georges Dologuélé, ex-primeiro-ministro e segundo colocado de 2020. Analistas apontam que Touadéra pode vencer graças ao controle de instituições do Estado.
Parágrafos seguintes: Aprofundamento
Contexto eleitoral
Touadéra chegou ao poder em 2016, após a crise mais grave da história recente do país. O referendo de 2023, que alterou limites de mandato, abriu caminho para a candidatura de terceiros mandatos.
Segurança e acordo com rebeldes
O governo afirma ter reduzido a violência ao assinar acordos com diversos grupos rebeldes, com apoio de mercenários russos e tropas de Ruanda. No entanto, a integridade da desmobilização permanece frágil.
Desafios econômicos
Delegações internacionais destacam riscos econômicos ainda presentes, apesar de previsões de crescimento com base em investimentos e recursos como ouro, diamante, lítio e urânio. A pobreza permanece alta entre a população de cerca de 5,5 milhões.
Perspectivas e reações
O pleito ocorre juntamente com eleições legislativas, regionais e municipais. Caso não haja maioria, haverá segundo turno presidencial em 15 de fevereiro, com resultados oficiais esperados até 5 de janeiro.
Dologuélé e adversários contestam o referendo de 2023, alegando que a mudança constitucional facilita a busca por poder vitalício.
Observações finais
Especialistas alertam para riscos de violência pós-eleição caso haja irregularidades no processo ou descontentamento popular, e destacam a necessidade de monitoramento transparente de contagens.
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