- A ex-chefe da Comissão de Planejamento Familiar da China, Peng Peiyun, morreu em Beijing aos 96 anos, e as redes sociais criticaram a política do filho único.
- A política do filho único, vigente de 1980 a 2015, levou a coerção para abortos e esterilizações, com foco especial no campo sob a liderança de Peng.
- Reações no Weibo comentaram o impacto humano da política, com mensagens sobre crianças perdidas e críticas ao seu legado.
- A China registrou queda populacional para 1,39 bilhão recentemente, com expectativas de continuidade da tendência nos próximos anos.
- O governo busca reverter a tendência com subsídios à criação de filhos, licença-maternidade mais longa e benefícios fiscais.
A morte de Peng Peiyun, ex-chefe da Comissão de Planejamento Familiar da China, gerou reações negativas nas redes sociais, não elogios oficiais. Peng coordenou políticas de 1988 a 1998 e faleceu em Pequim, aos quase 96 anos.
A comoção pública ocorreu em meio a críticas ao regime de filhos únicos, implementado entre 1980 e 2015. Autoridades de Estado elogiaram Peng como líder exemplar em temas de mulheres e crianças.
Contexto da política de um filho
O programa obrigava casais a terem apenas um filho, com pressão para abortos e esterilizações. A medida visava conter o crescimento populacional considerado descontrolado na época.
Na prática, a política rural privilegiava famílias grandes e o sexo masculino, gerando desequilíbrios de gênero. Ao longo dos anos, Peng defendeu flexibilizar a política.
Desdobramentos demográficos
A população chinesa, antes líder mundial, começou a encolher e recuou para 1,39 bilhão no ano passado. Analistas dizem que a tendência deve acelerar com o envelhecimento da base de trabalhadores.
Atualizações oficiais sobre os números totais devem sair no próximo mês, conforme as projeções apontam impactos nas despesas com assistência aos idosos e benefícios previdenciários.
Relatório produzido por Ryan Woo; edição de William Mallard.
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