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África avalia lacuna no financiamento de adaptação climática para a agricultura

África tem déficit de financiamento para adaptação agrícola estimado em 365 bilhões de dólares até 2035, muito abaixo dos 1,6 trilhão necessários

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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  • A África enfrenta déficit de financiamento para adaptação agrícola ao cambio climático, estimado em cerca de 365 bilhões de dólares até 2035.
  • Segundo o Global Center on Adaptation, até 2035 a região teria 195 bilhões de dólares para adaptação, bem abaixo dos mais de 1,6 trilhão de dólares necessários.
  • A agricultura recebe cerca de 26% do financiamento de adaptação, equivalente a aproximadamente 3,4 bilhões de dólares por ano.
  • Falta de financiamento para agricultores de pequeno porte permanece crítica: estimativas indicam cerca de 71 bilhões de dólares por ano seriam necessários para apoiar 65 milhões de agricultores com parcelas de até 10 hectares.
  • Recomenda-se redirecionar subsídios prejudiciais, reformar instituições financeiras internacionais e ampliar fontes de financiamento para agricultura familiar; além disso, o fundo de perdas e danos já recebeu aportes, com 788,8 milhões de dólares pledges até junho de 2025.

O financiamento para a adaptação da agricultura africana ao clima permanece insuficiente, mesmo após compromissos firmados em conferências climáticas. Estimativas indicam um déficit de cerca de 365 bilhões de dólares até 2035, com a África recebendo apenas 195 bilhões para adaptação no mesmo período. O montante fica bem abaixo dos 1,6 trilhão de dólares que especialistas acreditam necessário.

Dados do Global Center on Adaptation indicam que, com o ritmo atual, a agricultura africana concentra-se entre as áreas mais impactadas, recebendo aproximadamente 26% do financiamento de adaptação, o equivalente a 3,4 bilhões de dólares por ano. Autores de estudos alertam para um desequilíbrio persistente na ordem econômica global.

Pacote de assistência a pequenos agricultores

A maior parcela do setor agrícola africano é formada por pequenos produtores, que dominam a produção na região. Aproximadamente 71 bilhões de dólares por ano seriam necessários para apoiar cerca de 65 milhões de agricultores que cultivam em lotes de até 10 hectares. O objetivo é incentivar práticas agroecológicas, serviços climáticos digitais e sistemas de proteção social.

Créditos e prejuízos

Relatórios apontam que apenas cerca de 810 milhões de dólares em financiamento climático internacional chegam aos pequenos agricultores globalmente — pouco mais de 1% do total estimado. Na África Oriental, a lacuna é particularmente marcada, segundo especialistas.

Mudanças propostas para ampliar recursos

Entre as propostas para enfrentar o déficit, está a reformulação de subsídios nocivos e a reestruturação de instituições financeiras internacionais. A ideia é redirecionar fluxos de recursos para práticas agrícolas resilientes e de baixo impacto ambiental, sem depender excessivamente de empréstimos.

Perdas e danos e fluxo de recursos

Até junho de 2025, cerca de 788,8 milhões de dólares foram arrecadados para o Fundo de Perdas e Danos, com 582,5 milhões já recebidos como contribuições efetivas. O objetivo é liberar 250 milhões de dólares até 2027 para os países mais afetados pelo clima.

Distribuição regional e qualidade do financiamento

Relatórios indicam que o dinheiro climático internacional é concentrado em 10 países africanos, correspondentes a 46% do total, o que não necessariamente coincide com as nações mais vulneráveis aos impactos climáticos. A necessidade é de fluxos de qualidade maior e distribuição mais equitativa.

Impacto para a agricultura familiar

Especialistas ressaltam que, sem aumento de financiamento e melhoria na distribuição, pequenos agricultores continuarão vulneráveis a secas, inundações e variações de chuva. Implementar sistemas de alerta precoce, irrigação solar e práticas de conservação pode reduzir perdas, desde que o financiamento chegue de forma estável.

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