- Oito prisioneiros ligados ao Palestine Action estão em greve de fome enquanto aguardam julgamento, em prisões britânicas (Bronzefield, em Surrey; New Hall).
- Qesser Zuhrah, 20 anos, e Amu Gib, 30, fizeram greve de 2 de novembro a 23 de dezembro; Heba Muraisi, 31, juntou-se em 3 de novembro; o grupo inclui Teuta Hoxha, 29, Kamran Ahmed, 28, e Lewie Chiaramello, 22 (diabético), que faz jejum em dias alternados.
- Zuhrah e Gib retomaram a alimentação na terça-feira à noite, segundo a organização Prisoners for Palestine, mas planejam retomar o protesto no próximo ano; três prisioneiros estavam no hospital no domingo (Zuhrah, Gib e Ahmed).
- Especialistas da Organização das Nações Unidas afirmaram estar preocupados com o tratamento aos grevistas e pediram acesso rápido a atendimento emergencial, evitar pressões ou retaliação e respeito à ética médica, destacando obrigações sob leis internacionais de direitos humanos.
- Há relatos de suposta negativa de ambulância para Zuhrah em Bronzefield; famílias solicitam reunião com o secretário de Justiça, David Lammy, enquanto advogados alegam descumprimento de política ministerial sobre greves de fome.
Oito prisioneiros ligados ao grupo Palestine Action estão em greve de fome enquanto aguardam julgamento por supostos atos vinculados ao grupo, que foi proibido pela lei anti-terrorismo. A preocupação vem de especialistas da ONU sobre o cumprimento de direitos humanos pelo Reino Unido.
Entre os presos estão Qesser Zuhrah, 20 anos, e Amu Gib, 30, detidos em HMP Bronzefield, em Surrey, em greve desde 2 de novembro até 23 de dezembro. Heba Muraisi, 31, em HMP New Hall, aderiu em 3 de novembro. O grupo também inclui Teuta Hoxha, 29, Kamran Ahmed, 28, e Lewie Chiaramello, 22, que faz jejum alternado por ter diabetes.
Zuhrah e Gib retomaram a alimentação na terça-feira, alegando piora da saúde, mas prometeram continuar a greve no próximo ano, segundo o coletivo Prisoners for Palestine. Na sexta, a ONU emitiu nota sobre a forma como os prisioneiros são tratados.
No domingo, três dos presos — Zuhrah, Gib e Ahmed — estavam hospitalizados. Ahmed já foi hospitalizado três vezes desde o início da greve, e a ONU pediu acesso rápido a atendimento médico quando necessário, sem pressões ou retaliações.
Segundo o Prisoners for Palestine, houve relato de negação de entrada de ambulância em Bronzefield na tarde de terça, para Zuhrah, que não conseguia ficar de pé. Ela foi encaminhada ao hospital após protestos em frente à prisão.
UN vê riscos de violação de direitos humanos
As Nações Unidas destacam que a greve de fome é uma última medida para exigir direitos de protesto e remédios eficazes. O dever de cuidado do Estado é ampliado nesses casos, não reduzido, segundo os especialistas.
Famílias e apoiadores pediram audiência com o secretário de Justiça, David Lammy, na segunda-feira. Advogados enviaram uma carta apontando que a recusa de reunião viola a política do Ministério da Justiça sobre greves de fome.
No governo, há preocupação com o estado dos prisioneiros e cautela sobre abrir precedentes ao facilitar encontro com Lammy, dadas as longas prisões cautelares por acúmulo de ações no judiciário.
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