- O British Museum propôs uma festa temática “vermelho, branco e azul” para 2026, para celebrar o empréstimo da tapeçaria de Bayeux.
- Funcionários criticam a escolha, dizendo que o tema é de mau gosto devido a campanhas recentes com bandeiras de extrema-direita.
- O diretor Nicholas Cullinan defende a ideia, mas críticos veem risco de politização do símbolo nacional.
- O museu realizou, em outubro, uma primeira edição de baile beneficente com tema rosa, que atraiu oito mil convidados e arrecadou mais de £ 2,5 milhões.
- Especialistas divergem: há quem apoie manter o plano como forma de celebrar símbolos nacionais, enquanto outros alertam para evitar associações políticas.
O British Museum está enfrentando críticas internas em relação à proposta do seu diretor de realizar uma festa temática com as cores vermelho, branco e azul em 2026. A ideia visa marcar o empréstimo da tapeçaria de Bayeux, de Normandia, que será exibida no museu.
Segundo a direção, a celebração busca celebrar a cooperação entre o Reino Unido e a França. A proposta gerou divergência entre funcionários das áreas de curadoria e administração, que consideram o tema inadequado no momento.
Críticos destacam que o tema ocorre em meio a campanhas de bandeiras associadas à extrema direita no país. Em resposta, alguns membros do staff apontaram que o uso das cores nacionais pode se tornar um símbolo politizado.
O diretor defende a iniciativa como um marco institucional, enquanto críticos ligam o debate ao risco de politização do símbolo nacional. O tema histórico divide opiniões dentro da instituição.
Entre 2025 e 2026, o museu teve uma trajetória recente de eventos beneficentes. Em outubro passado ocorreu uma grande edição com o tema rosa, que reuniu cerca de 8 mil pessoas, gerando mais de dois milhões de libras em arrecadação.
Naquela edição, estiveram presentes personalidades da moda e da cultura, como Naomi Campbell, Alexa Chung, Miuccia Prada e Sir Steve McQueen. O objetivo era fortalecer parcerias internacionais e financiar projetos.
Ainda que o museu tenha recebido apoio de setores que veem o tema como uma celebração da identidade nacional, grupos como Culture Unstained criticaram a associação com entidades empresariais envolvidas em setores de energia.
Um acadêmico consultado afirmou que o museu deve prosseguir com o planejamento, argumentando que símbolos nacionais exigem leitura complexa e histórica, não interpretações simplistas. A fala ressalta a responsabilidade de preservar o legado sem reduzir sua pluralidade.
O museu informou que o primeiro evento de 2025 funcionou como marco de arrecadação e destacou que haverá mais detalhes sobre a festa de 2026 a serem anunciados futuramente. A gestão reiterou o objetivo de apoiar parcerias e projetos internacionais.
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