- Rússia lançou ataques com mísseis e drones em Kyiv e outras regiões durante a madrugada, em meio a uma reunião esperada entre Zelenskiy e o presidente dos EUA, Trump.
- O alvo diplomático permanece um acordo de paz, com disputa sobre território, garantias de segurança e uma zona econômica livre.
- Zelenskiy disse que o rascunho de vinte pontos está 90% pronto e que o acordo de garantias de segurança com os Estados Unidos está próximo.
- Trump afirmou que a reunião deve avançar e que pretende conversar com Putin em breve.
- Questões-chave continuam: controle da usina nuclear de Zaporizhzhia e retirada de partes de Donetsk para estabelecer uma zona econômica livre, com possível referendo se não houver apoio estrangeiro suficiente.
O ataque russo a Kyiv e a outras regiões da Ucrânia ocorreu durante a noite, quando mísseis e drones atingiram alvos indicados pelas defesas aéreas. O alerta de ataque aéreo permaneceu ativo em Kyiv por várias horas, com explosões registradas na capital e vizinhanças nordeste e sul do país. Autoridades ucranianas afirmaram que as forças aéreas foram acionadas para interceptar os alvos.
Em Kyiv, as sirenes soaram repetidamente e autoridades militares divulgaram que mísseis estavam sendo usados contra alvos no território. Não houve relatos imediatos de danos graves ou interrupção de infraestruturas críticas, segundo informações disponíveis até o momento.
PONTOS DE NEGOCIAÇÃO E PLANOS
Antes do encontro entre Zelenskiy e o presidente dos EUA, Donald Trump, a ênfase das negociações continuou na definição de território, garantias de segurança e uma zona econômica livre. Zelenskiy afirmou que o conjunto de 20 pontos está 90% pronto, segundo entrevista com a imprensa.
Trump indicou que discutiria as condições de acordo com Kiev, ressaltando que cabe a Zelenskiy apresentar propostas para aprovação. Ele também mencionou a possibilidade de conversar com Putin no futuro próximo, sem confirmar datas.
Zelenskiy reiterou que os EUA poderiam oferecer um acordo de garantias de segurança, com duração estendida e disposições juridicamente vinculantes. Em resposta, Trump indicou que esperava avanços positivos na reunião.
CENTRANDO OS DESDOBRAMENTOS
Além da fronteira, o debate envolve a gestão da usina nuclear de Zaporizhzhia, maior da Europa, tomada pela Rússia no início do conflito. Moscou exige retirada de áreas ocupadas na região de Donetsk, enquanto Kiev defende o status atual das linhas de confronto.
Um possível acordo sob mediação dos EUA incluiria uma zona econômica livre em Donetsk, com detalhes ainda a serem ajustados. Zelenskiy afirmou que, se não conseguir empurrar os EUA a sustentar a posição de Kiev, poderia consultar a população por meio de referendo, desde que haja cessar-fogo de 60 dias para preparação.
Autoridades russas sinalizaram que a versão ucraniana do plano de 20 pontos difere do que Moscou discutia com Washington. Mesmo assim, houve menção de que o tema estaria em um ponto de virada nas negociações, conforme reproduzido por fontes oficiais.
Daniela Ryabkova, analista de política externa, destacou que a logística de verificação e as garantias de segurança devem acompanhar qualquer acordo de paz para ter eficácia prática. A disputa continua sendo o principal obstáculo diplomático.
A situação permanece tensa, com ações militares diárias ao longo das linhas de frente e ataques a infraestruturas estratégicas, enquanto o esforço diplomático busca consolidar pontos de acordo para um possível cessar-fogo e a definição de garantias duradouras.
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