- Drones passaram a fazer parte essencial da guerra moderna, com tecnologia comercial, software aberto e IA permitindo ataques a milhares de quilômetros de distância.
- Em 2025, Ucrânia usou drones para destruir 10% da frota de bombardeiros russos; Israel realizou ataques clandestinos a alvos militares na região; e drones/miúmas ataques atingiram o USS Harry S. Truman no Mar Vermelho.
- Há expectativa de um ataque drone aos EUA em 2026, contra alvos civis ou militares.
- O orçamento do DoD de 2025 reserva apenas 350 milhões de dólares para sistemas UAS táticos, com previsão de cerca de 4.000 drones, mantendo o custo médio por sistema próximo de 100 mil dólares.
- Iniciativas como Replicator e aumento de verbas do DIU buscam acelerar a adoção de sistemas autônomos, mas ainda há dependência de grandes fabricantes e vulnerabilidade de defesas.
Drones passaram a integrar de forma decisiva o atual ciclo de conflitos, com custos baixos, produção rápida e alcance global. Tecnologias comerciais, software aberto e IA tornam os drones uma arma cada vez mais eficaz, capaz de agir longe de áreas de combate ativas.
Especialistas apontam que o chamado domínio de “precise mass” permite ataques de alto impacto com recursos acessíveis, o que eleva o desafio de defesa para países com capacidades limitadas. Países já usaram drones para atingir alvos estratégicos fora do front.
Cenário atual e exemplos recentes
Em junho de 2025, a Ucrânia utilizou drones para danificar 10% da aviação russa em solo, dentro de uma operação relatada como Spider Web. No mesmo mês, Israel realizou ataques clandestinos a partir de território iraniano, visando instalações militares.
Drones de apoio a ofensivas foram empregados por milícias no Oriente Médio, inclusive em ataques a uma grande aeronave de combate da Marinha dos EUA no Mar Vermelho. Tais ações mostraram a vulnerabilidade de plataformas de defesa diante de ataques complexos.
Capacidade de produção e custos
Fontes apontam produção rápida de FPV drones na Ucrânia, com dezenas de milhares de unidades em uso mensal. Enquanto isso, instituições militares discutem o custo de aquisição de sistemas táticos de UAS, com estimativas próximas de dezenas de milhares de dólares por unidade.
No âmbito industrial, empresas de defesa dos EUA buscam acelerar o desenvolvimento de soluções autônomas. Startups, principalmente na Califórnia, surgem com drones que competem em custo e letalidade com modelos estrangeiros, embora o Pentágono ainda utilize grandes fabricantes tradicionais para muitos contratos.
Limites da defesa e ações estratégicas
O Pentágono iniciou o programa Replicator para incorporar sistemas autônomos com mais rapidez, especialmente na Europa e no Pacífico. Em 2025, o orçamento para inovação em defesa aumentou, e o Exército prevê equipar divisões com centenas de drones, ampliando recursos para defesa contra UAVs.
Autoridades destacam a necessidade de acelerar mudanças estratégicas e de recursos para reduzir vulnerabilidades. A transição rápida para tecnologia de drones exige ajustes de doutrina, cadeia de suprimentos e defesas especializadas.
Olhar prospectivo
Especialistas divergem sobre prazos e cenários de uso futuro, mas há consenso de que ataques com drones podem ocorrer tanto em situações civis quanto militares dentro de poucos anos. A natureza global da produção complica a defesa de infraestruturas críticas.
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