- Kosovo realiza eleição parlamentar neste domingo para encerrar um impasse político de um ano, com o primeiro-ministro Albin Kurti buscando maioria.
- A eleição é a segunda neste ano; o partido Vetevendosje não atingiu maioria em fevereiro, o que levou à dissolução do parlamento em novembro.
- Sem acordo para formar governo, a crise pode atrasar a escolha do presidente em abril e a ratificação de empréstimos de 1 bilhão de euros com a União Europeia e o Banco Mundial.
- A oposição se recusa a governar com Kurti, criticando seu manejo das relações com aliados ocidentais e com a região norte de Kosovo, onde vive uma minoria sérvia; Kurti responsabiliza a oposição pelo impasse.
- Kurti_propõe medidas para atrair eleitores: salário adicional por ano para servidores públicos, 1 bilhão de euros por ano em investimentos e uma unidade de acusação contra crime organizado. A oposição foca em melhorias de vida.
Kosovo se prepara para realizar uma eleição parlamentar no domingo, principal passo para encerrar um impasse político que há meses paralisou o Parlamento e comprometeu financiamentos internacionais. O primeiro-ministro de maioria nacionalista, Albin Kurti, busca reunir apoio para formar um governo estável.
A votação ocorre em Pristina, com as eleições desde fevereiro deste ano sem maioria para Kurti, e o Parlamento dissolvido em novembro pela presidente Vjosa Osmani. Caso não haja governo, o processo de aprovação de empréstimos da União Europeia e do Banco Mundial pode atrasar ainda mais.
A crise também se conecta à agenda de financiamento: parlamentares devem aprovar um empréstimo de 1 bilhão de euros e eleger um novo presidente em abril, passos cruciais para desbloquear recursos e manter programas em curso. Oposição acusa Kurti de lidar mal com alianças ocidentais e com o norte de maioria serra, enquanto o premiê nega as críticas.
Contexto econômico e político
As questões econômicas ficaram em destaque, com promessas de investimentos significativos e aumento de salários no setor público para atrair apoio. A população, em geral, mostra cansaço com a incerteza política, conforme pesquisas não são publicadas no país. O resultado pode redefinir o rumo de Kosovo em um momento de tensões regionais.
O país declarou independência em 2008, com apoio dos EUA, após a intervenção da OTAN em 1999. Apesar da ajuda internacional, Kosovo enfrenta pobreza, instabilidade e criminalidade. As sanções da UE, impostas em 2023, devem ser revisadas após eleições na maioria étnica sérvia, o que impacta recursos.
Os dados demográficos apontam para 1,6 milhão de habitantes, com a economia dependente de investimentos estrangeiros e reordenamento institucional. O desfecho da votação pode influenciar a continuidade de programas de cooperação internacional e a capacidade de cumprir acordos pendentes.
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