- Famílias de 11 das 15 vítimas do ataque em Bondi pedem ao primeiro-ministro Anthony Albanese que convoque uma comissão real federal para investigar antisemitismo, falhas de aplicação da lei e questões de inteligência.
- Em carta aberta, as famílias afirmam que judeus se sentem inseguros em escolas, trabalho, moradia e locais públicos e exigem respostas rápidas e responsabilização nacional.
- Albanese tem resistido a uma comissão real federal, propondo em vez disso uma investigação estreita liderada por Dennis Richardson e cooperação com autoridades de nível federal.
- O texto enfatiza que o aumento do antisemitismo é uma crise nacional que exige uma resposta potente em âmbito federal, não apenas estadual.
- Até a manhã de segunda-feira, nove pacientes continuavam hospitalizados em Sydney com ferimentos do ataque, três deles em estado crítico, estáveis.
Famílias de 11 das 15 vítimas do ataque à praia de Bondi enviaram uma carta aberta ao primeiro-ministro Anthony Albanese, exigindo que o país forme uma comissão real federal para investigar antisemitismo e falhas na aplicação da lei relacionadas ao atentado.
O pedido aponta para a necessidade de apurar sinais de alerta ignorados, o crescimento do ódio antijudaico e extremismo islâmico, além de propor medidas para proteger a população. A carta também cobra respostas rápidas e responsabilização nacional.
O ataque, ocorrido em Bondi, no dia 14 de dezembro, deixou 15 mortos. Ainda não houve conclusão sobre as falhas de inteligência ou de policiamento apontadas pelas famílias.
Resposta do governo e bastidores
Albanese tem sido cauteloso, defendendo a cooperação de autoridades federais com uma comissão ordenada pela governadora de New South Wales, e propondo uma apuração mais restrita, liderada por Dennis Richardson, ex-chefe da ASIO.
Coalizão e aliados de parlamentares têm apoiado pleitos de investigações sobre antisemitismo de forma ampla, enquanto o primeiro-ministro mantém a posição de aguardar resultados de processos em nível estadual, com críticas pontuais a essa abordagem.
As famílias destacam que o problema não se restringe a uma jurisdição estadual, argumentando tratar-se de uma crise nacional que demanda resposta forte. A carta também cita perdas familiares e a sensação de insegurança constante em escolas, locais de trabalho e espaços públicos.
Alguns políticos indicaram apoio a uma comissão federal, enquanto outros reforçam a necessidade de apurações rápidas sobre inteligência e policiamento. Em meio a isso, nove pessoas (em hospitais) continuam recebendo tratamento por ferimentos, com três em estado crítico estável.
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