- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirá a Donald Trump que Hamas deve devolver os restos do último refém israelense deixado em Gaza antes de avançar para as próximas fases do cessar-fogo.
- A família do refém Ran Gvili, de 24 anos, que foi ferido e sequestrado em outubro de 2023, integrou o grupo que acompanha Netanyahu na viagem e deverá se encontrar com autoridades em Washington ainda nesta semana.
- Os EUA pressionam para avançar para a segunda fase do acordo, que prevê governo technocrata palestino e uma força internacional de estabilização; Israel tem fortes preocupações com as duas medidas.
- Hamas já libertou vinte reféns vivos e entregou os corpos de vinte e sete vítimas mortais desde outubro; muitos veem a insistência sobre Gvili como tática de atraso.
- Netanyahu também sinaliza a possibilidade de reiniciar a guerra em Gaza para forçar o desarmamento do Hamas, em meio ao contexto eleitoral e às dinâmicas regionais.
Benjamin Netanyahu deverá dizer a Donald Trump, durante reunião no resort Mar-a-Lago, que o Hamas precisa devolver os restos mortais do último refém israelense para que as próximas fases do cessar-fogo avancem. A informação vem de autoridades israelenses e analistas.
O premiê está acompanhado pela família de Ran Gvili, vítima de abdução durante o ataque de outubro de 2023. O grupo segue em visita aos EUA para tratar do andamento do acordo de Gaza, após meses de negociações e pressão norte-americana por concessões.
Na semana passada, autoridades de Washington intensificaram o esforço para desbloquear a segunda etapa do cessar-fogo, que prevê um governo técnico palestino e uma força internacional de stabilização. Israel expressa fortes reservas, especialmente sobre a presença de uma força externa.
Condições para a segunda fase
Segundo uma fonte da comitiva de Netanyahu, o retorno dos restos de Gvili é visto como requisito essencial para avançar. Hamas já libertou 20 reféns vivos e devolveu 27 corpos desde outubro, mas insiste em manter retidas as informações sobre Gvili.
Analistas dizem que Netanyahu pode usar a reunião para manter o foco num retorno total dos corpos, além de sustentar a permanência de tropas israelenses em parte de Gaza. Críticos veem a exigência como instrumento de negociação, não como obstáculo definitivo.
A tensão em torno do cessar-fogo também envolve o questionamento sobre a governança de Gaza e a viabilidade de uma eventual força de estabilização. Washington busca avanços sem comprometer a segurança de Israel, conforme divulgado por veículos internacionais.
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