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Governo Blair discutiu influenciar Howard a enviar tropas australianas ao Iraque

Governo Blair discutiu como influenciar John Howard a enviar tropas australianas para o Iraque, com elogios diplomáticos registrados em arquivos britânicos

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
The then UK prime minister, Tony Blair, and the then Australian PM, John Howard, at Downing Street in London in 2005. Howard was not keen on sending troops to Iraq, according to one of his ministers, and British officials stressed the need for Australia to contribute.
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  • Documentos do governo britânico, divulgados em 2005, revelam esforços para influenciar John Howard a enviar tropas australianas para a Guerra do Iraque após a derrubada de Saddam Hussein.
  • Blair e assessores teriam procurado agradar o primeiro-ministro australiano para fortalecer a relação entre os governos do Reino Unido e da Austrália.
  • Em conversas anteriores, o então ministro da Defesa da Austrália, Robert Hill, teria dito a um oficial de Downing Street que Howard não estava animado com o envio de tropas para o Afeganistão e recomendou que Blair o pressionasse para manter o foco na participação australiana.
  • Em 2004, a vitória eleitoral de Howard levou a uma aproximação entre os dois países, com Blair elogiando publicamente o resultado como “incrível”, segundo os arquivos.
  • Em 2005, notas indicaram que Canberra avaliava enviar cerca de quatrocentos e cinquenta soldados para substituir contingente holandês na província iraquiana de Al Muthanna, sendo discutida a importância de Koizumi (primeiro-ministro japonês) ter feito o pedido para justificar a participação australiana.

Tony Blair enfrentou a necessidade de manter um alinhamento estratégico com a Austrália após a queda de Saddam Hussein, segundo arquivos do governo britânico recém-divulgados. As peças, de 2005, mostram esforços de Downing Street para influenciar John Howard a enviar tropas australianas para a guerra no Iraque. O objetivo era fortalecer a coalizão e evitar que o Reino Unido terceirizasse sozinha a responsabilidade militar.

Os documentos revelam que um ministro da Defesa australiano chegou a sugerir a um oficial de Downing Street que Howard não tinha grande interesse em enviar tropas para o Afeganistão, e que o tema deveria ser levado ao primeiro ministro para mantê-lo focado na necessidade de contribuição austral. A mensagem indica uma comunicação intensa entre Canberra e Londres após a reeleição de Howard em 2004.

O material também descreve encontros entre assessores britânicos e o governo australiano no auge da discussão sobre o envio de tropas ao Iraque. Em 2004, uma nota de Canberra mencionava que o período seria propício para influenciar a decisão de Howard, com o tom das conversas buscando alinhar interesses de coalizão.

Contexto diplomático e operacional

Em 2005, uma nota destinada a Blair antecipou a decisão australiana sobre 450 militares para apoiar uma força da ONU no Iraque, substituindo uma unidade holandesa. O relatório cita a expectativa de que o governo australiano aprovaria o envio, embora fosse necessário um delicado jogo diplomático.

Segundo a nota, Howard desejava ser abordado pelo Japão e por aliados, para justificar o convite doméstico à participação austral. O assessor de Blair, David Quarrey, sugeriu mencionar que houve conversa com Howard para facilitar a aprovação no gabinete australiano. A estratégia não exigiria que Howard aceitasse o envio, mas sim que o gabinete percevesse apoio externo à decisão.

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