- O primeiro-ministro Albin Kurti venceu as eleições antecipadas com mais de 49% dos votos, encerrando o bloqueio parlamentar em Kosovo.
- A vitória fortalece o mandato para reformas internas, incluindo ampliação de bem‑estar social e reajustes salariais para servidores públicos.
- Kurti precisa de aliados minoritários para formar maioria, após o resultado indicar coalizão mínima.
- O pleito ocorre em meio a tensões com a Sérvia e a atrasos na aprovação de acordos e financiamentos internacionais, como cerca de € 1 bilhão.
- O resultado resume apoio de estrangeiros e da diáspora ao governo, que busca manter relações com Estados Unidos e União Europeia e avançar na candidatura à UE.
Na eleição antecipada de Kosovo, realizada no fim de semana, o premiê Albin Kurti conquistou vitória expressiva e encerrou o impasse político que paralisou o Parlamento. A contagem quase final indica apoio acima de 49% para o Partido Self-Determination, abrindo espaço para formação de uma coalizão mínima.
A votação ocorreu em meio às comemorações de fim de ano e à crise de governo que perdurou ao longo de 2025. A desarticulação parlamentar atrasou aprovações e atrasou cerca de €1 bilhão em financiamentos internacionais. A vitória de Kurti fortalece seu mandato para reformas.
Kosovo enfrenta dificuldades econômicas e desafios institucionais, com tensões históricas com a Sérvia. A coalizão resultante deverá sustentar reformas domésticas, expansão de bem‑estar e aumento de salários no funcionalismo público, além de consolidar relações com EUA e UE.
Resultados e composição
Com quase todas as urnas apuradas, Kurti lidera com vantagem consistente. O requisito de maioria no Parlamento exige alianças mínimas com partidos de oposição, caso se confirme a tendência de vitória. A composição da nova maioria dependerá de acordos políticos recentes.
Analistas avaliam que a vitória pode sinalizar mudança de rumo no relacionamento com instituições ocidentais. O governo busca manter o apoio internacional para progressos no processo de integração europeia, bem como na coordenação de políticas de defesa e segurança.
Ilir Deda, comentarista, descreveu o cenário como um giro político relevante para a região. Segundo ele, o país passa a adotar modelo de governo mais firme, com oposição mais fraca, o que pode moldar os próximos anos.
Repercussões locais
Dirigentes de bairros e eleitores ouvidos em Pristina e no interior destacaram a necessidade de funcionamento efetivo do Estado. Votantes pediram contenção de custos, melhoria de serviços públicos e aprovação de acordos internacionais pendentes.
Tahir Shabani, morador que retornou da Alemanha para votar, expressou alívio com o término do impasse, apontando impactos financeiros para a população. Outros eleitores enfatizaram a urgência de avanços em saúde e educação.
A discourse pública mantém o foco na relação com aliados internacionais. A gestão Kurti pretende manter canais abertos com Washington e Bruxelas e avançar rumo à adesão à União Europeia, mantendo o tema como prioridade no período legislativo.
Fonte institucional e participação da diáspora foram citadas como fatores importantes para o resultado. Região com população jovem e desafios econômicos, Kosovo continua buscando estabilidade política e desenvolvimento sustentável.
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