- O gabinete do presidente de Israel, Isaac Herzog, negou a afirmação de Donald Trump de que Netanyahu receberia um perdão em breve.
- Trump disse ter sido informado por Herzog de que o perdão estaria “a caminho” antes de seu encontro com Netanyahu em Florida.
- O escritório de Herzog afirmou que não houve nenhuma conversa entre Herzog e Trump desde que o pedido de clemência chegou, em novembro.
- Netanyahu, o primeiro-ministro no cargo sob acusado de suborno, fraude e quebra de confiança, nega as acusações e seus apoiadores veem os processos como motivados politicamente.
- Em 30 de novembro, Netanyahu apresentou formalmente um pedido de perdão a Herzog, argumentando que as audiências constantes dificultam o governo; críticos dizem que conceder perdão durante o julgamento seria uma violação do estado de direito.
O gabinete do presidente de Israel, Isaac Herzog, negou nesta segunda-feira uma afirmação de Donald Trump de que um perdão para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estaria “a caminho”. A declaração ocorreu momentos antes da reunião entre Netanyahu e Herzog, em Florida.
Segundo a assessoria de Herzog, o presidente não manteve conversas com Trump desde que o pedido de clemência foi enviado, em novembro. A nota oficial reforçou que qualquer decisão seguirá os procedimentos estabelecidos.
Donald Trump afirmou ter sido informado por Herzog de que o perdão estaria em análise. O republicano chegou a dizer que Netanyahu, sob julgamento por corrupção, seria beneficiado por uma medida de clemência.
Netanyahu, de 76 anos, responde a acusações de suborno, fraude e violação de confiança decorrentes de uma investigação iniciada em 2019. Analistas ressaltam que, mesmo com possível perdão, uma longa proibição de ocupar cargos públicos comporia a pena.
O caso envolve também a possibilidade de Netanyahu ser inocentado ou ter o processo interrompido, cenário que diverge entre aliados e oponentes. A pauta já gerou críticas sobre soberania e autonomia judicial em Israel.
A Procuradoria e o Judiciário mantêm o andamento dos casos, com audiências e etapas que apontam para um desfecho ainda indefinido. Profissionais ouvidos pela imprensa destacam que não há precedente para cancelar processo em curso.
Netanyahu encaminhou um pedido formal de perdão a Herzog em 30 de novembro, alegando que as sessões judiciais prejudicam o governo e que a clemência seria do interesse nacional. Críticos veem a medida como violação do estado de direito.
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