Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

Ativistas da Malásia mantêm pedidos de reforma após prisão de Najib por 1MDB

Ativistas anticorrupção cobram reformas institucionais após a condenação de Najib por 1MDB, apontando riscos à independência e à implementação de mudanças estruturais

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Malaysia's former Prime Minister Najib Razak, jailed for corruption in the multibillion-dollar 1MDB scandal, attends the verdict of his house arrest bid at Kuala Lumpur Courts Complex in Kuala Lumpur, Malaysia December 22, 2025. REUTERS/ Hasnoor Hussain/File Photo
0:00
Carregando...
0:00
  • O ex-primeiro-ministro Najib Razak foi condenado por abuso de poder e lavagem de dinheiro em relação ao escândalo de 4,5 bilhões de dólares da 1MDB, somando-se à pena de seis anos já cumprida em outro caso ligado ao fundo.
  • A High Court o condenou a mais quinze anos de prisão e a uma multa recorde de quase 3 bilhões de dólares; Najib nega irregularidades e recorre da decisão.
  • Ativistas anti-corrupção pedem reformas institucionais profundas para evitar repetição do esquema da 1MDB e fortalecer a independência de órgãos como o Ministério Público.
  • O Índice de Percepção de Corrupção de 2024 aponta quarenta e oito de cem pontos, com a posição da Malásia na 57ª entre 180 países, sinalizando avanços na retórica de reformas, mas dúvidas sobre a mobilização prática.
  • O governo afirma que trabalha para enfrentar a governança deficiente e reduzir a corrupção, ao mesmo tempo em que enfrenta críticas internas sobre o ritmo das mudanças e a relação com o UMNO.

A ativação de demandas por reformas ganhou fôlego na Malásia após a condenação do ex-primeiro-ministro Najib Razak em réu ligado ao escândalo 1MDB. Najib, 72 anos, já cumpria pena de seis anos por corrupção em outro caso, e foi considerado culpado em 26 de dezembro por abuso de poder e lavagem de dinheiro no caso do fundo estatal. A sentença adicional prevê 15 anos de prisão e uma multa recorde de aproximadamente 3 bilhões de dólares. Najib está em prisão desde 2022 e abriu recurso.

Organizações civis ressaltam que o veredito evidencia falhas institucionais e problemas estruturais não resolvidos desde a exposição do 1MDB há mais de uma década. Transparência Internacional Malásia afirma que o caso deve acelerar reformas para reduzir a influência de autoridades na condução de investigações e processos.

O Instituto Nacional de Transparência, integridade e anticorrupção enfatiza a necessidade de separar o papel do procurador-geral, hoje colocado como consultor do governo, para evitar conflitos de interesse em temas sensíveis. Segundo representantes, reformas estruturais devem avançar em 2026, caso haja empenho.

A última avaliação do Índice de Percepção de Corrupção (CPI) de 2024 aponta 50 pontos de 100, com a Malásia ocupando a 57ª posição entre 180 países. Analistas destacam que o índice reflete percepções ainda marcadas pela impunidade seletiva, mesmo diante de promessas de melhoria.

O veredito também repercutiu no âmbito político. O premiê Anwar Ibrahim rejeitou acusações de parcialidade, afirmando que o governo trabalha para aprimorar a governança e reduzir a corrupção, mesmo diante de críticas sobre o ritmo das reformas. Anwar ressalta que há traços de uma cultura de corrupção que persistem.

No cenário interno, o apoio de Najib a algumas facções dentro do seu partido UMNO compõe parte do mosaico político que compõe a aliança de governo. Um debate sobre o equilíbrio entre coalizão e disciplina partidária ganhou novas pautas com o caso 1MDB.

A Coalizão governista enfrenta pressão para consolidar reformas que, segundo a sociedade civil, devem incluir fiscalização mais independente de órgãos-chave, como o Ministério Público e as estatais. Críticos apontam que mudanças são cruciais para restaurar a confiança pública.

C4, centro anti-corrupção, sustenta que o caso 1MDB expõe riscos persistentes, como a nomeação de oficiais por parte do primeiro ministro. A instituição defende legislação sobre financiamento político e alertas sobre o alinhamento entre governo e UMNO em meio a eleições regionais e nacionais previstas nos próximos meses e anos.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais