- Chipre assume a presidência da União Europeia por seis meses, com defesa, migração e Ucrânia no topo da agenda.
- O ministro de Relações Exteriores, Constantinos Kombos, diz que haverá uma “mentalidade diferente” e um novo estilo de condução.
- O foco sobre a Ucrânia permanece, mas o governo quer incluir a região do Oriente Médio no debate e buscar a zona de livre comércio EU‑Índia.
- Tsypre pretende fortalecer segurança, defesa e autonomia estratégica da União, promovendo maior abertura para mercados externos.
- A divisão de Chipre e as tensões com a Turquia gerem cautela sobre cooperação militar e impacto nos acordos da UE na região.
Cyprus assume a presidência da UE por seis meses e destaca uma mudança de mentalidade, mantendo defesa, migração e Ucrânia no centro da agenda. O governo cipriota afirma que quer concluir a missão com foco estratégico e responsabilidade.
O chanceler Constantinos Kombos disse que o país traz uma abordagem diferente, mantendo o compromisso com a Ucrânia e a Rússia, ao mesmo tempo em que amplia a presença na região do Oriente Médio e o relacionamento com a Índia. A situação em Chipre continua sensível.
O país, que preside o Conselho da UE pela primeira vez desde 2012, pretende fortalecer segurança, defesa e autonomia estratégica da União, com uma agenda ambiciosa para os próximos meses.
Oriente Médio e Índia como novos focos
Kombos sinalizou a abertura da UE para o Oriente Médio e para a Índia, buscando inclusive a criação de uma zona de livre comércio EU–Índia. A iniciativa visa diversificar mercados e reduzir dependência econômica em face de tarifas globais.
A prioridade é ampliar parcerias regionais, mantendo o diálogo com países próximos e mantendo a cooperação em áreas como comércio e segurança. A presidência também busca maior presença europeia nessa região.
Relações com Turquia e divisão de Chipre
A liderança cipriota alerta para a necessidade de cooperação com a Turquia, mas sem comprometer a soberania de Chipre. O governo já bloqueou a participação de Ancara no programa de defesa financiado pela UE, citando ocupação no norte.
A divisão entre sul reconhecido e norte turco permanece como desafio para a cooperação militar e para o fortalecimento de uma política externa coesa da UE. O objetivo é manter canais abertos sem comprometer a integridade territorial.
Propostas e continuidade na agenda
Christodoulides prioriza segurança e prontidão de defesa para sustentar a autonomia estratégica da UE. Em Nicosia, a preparação para a presidência tem envolvido ações de infraestrutura e sinalização institucional.
A presidência enfatiza ainda a vitalidade econômica, com a proposta de ampliar o comércio externo e explorar novas parcerias para além dos tradicionais aliados. A meta é manter a UE competitiva diante de mudanças globais.
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