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Política externa dos Emirados Árabes Unidos em foco após escalada no Iêmen

Após escalada militar rara com a Arábia Saudita no Iêmen, a política externa assertiva dos Emirados ganha destaque e alimenta debate sobre estabilidade regional

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
A person gestures towards smoke rising in the aftermath of a Saudi-led coalition airstrike, which targeted what it described as foreign military support to UAE-backed southern separatists, in Yemen's southern port of Mukalla, in this screengrab from a handout video obtained by Reuters on December 30, 2025.
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  • A política externa dos Emirados Árabes Unidos tem sido mais assertiva, buscando influência no Oriente Médio e na África por meio de alianças, intervenção militar e apoio financeiro para conter o que veem como islamismo político.
  • Nesta semana houve escalada militar rara com a Arábia Saudita no Iêmen, destacando a atuação dos Emirados na região e seu embate com grupos considerados threat islamistas.
  • No Iêmen, os Emirados se retiraram em dois mil dezenove, mas mantêm influência pelo Conselho Transicional do Sul, aliado treinado por Abu Dabi e visto como contrapeso ao Islah (ramo da Irmandade Muçulmana).
  • O acordo de finanças com o Egito, no valor de 35 bilhões de dólares, e a cooperação com o Chad mostram a busca por alianças estáveis contra extremistas.
  • Em outras frentes, o país apoiou o leste da Líbia, normalizou relações com Israel em dois mil e vinte, e mantém laços com a Somalilândia, com investimentos e apoio logístico.

O Ministério das Relações Exteriores da UAE elevou seu perfil com uma estratégia externa mais assertiva na região, incluindo parcerias com estados e proxy, intervenção militar e apoio financeiro. O objetivo declarado é conter o que descreve como ameaça islamista, principalmente grupos ligados à Fraternidade Muçulmana.

Nesta semana, houve uma escalada militar rara com a Arábia Saudita no Yemen, destacando a atuação dos Emirados e seu embate com o que consideram extremismo. O episódio reacende debates sobre o papel da UAE no Oriente Médio.

Contexto estratégico

Abrigo de alianças regionais, Abu Dhabi manteve influência no Yemen através do Conselho de Transição do Sul (STC), criado para contrabalançar o governo yemenita apoiado pela coalizão liderada pela Arábia Saudita. A retirada de tropas, anunciada em 2019, não encerrou a presença regional.

Aproximação com o Cairo é parte de um eixo de segurança regional. Em 2024, o fundo soberano ADQ assinou acordo de 35 bilhões de dólares para desenvolver trecho da costa mediterrânea do Egito, fortalecendo a entrada de divisas. A parceria mira evitar ressurgimento de islamismo político.

Outros focos geopolíticos

No Sudão, monitor de sanções da ONU descreveu credenciais de que a UAE forneceu apoio militar às RSF, lideradas por Hemedti. Analistas apontam desconfiança com o alto escalão do Exército, por ligações com o regime de Omar al-Bashir. A UAE nega envio de armas, afirmando atuação humanitária.

Também há laços firmes com o Chade, com cooperação militar desde 2023 e fornecimento de veículos blindados, visando criar alternativa de segurança para a região do Sahel. Críticas apontam para uso logístico da base de Amdjarass para armas no RSF; o governo nega.

Libia e relação com Israel

Na Líbia, a UAE apoiou o marechal Haftar, com apoio aéreo e equipamentos à LNA, buscando influenciar um governo sem extremistas. O país mantém papel de articulador diplomático para promover setores que considere estáveis e moderados.

Desde 2020, os Emirados normalizaram relações com Israel, alinhamento estratégico para enfrentar ameaças comuns, como Irã. O relacionamento é visto como instrumento de influência regional, apesar de críticas internas sobre a condução de guerras.

Somaliland e desdobramentos regionais

A UAE intensificou laços com a Somalilândia, com investimentos na Port of Berbera e cooperação militar em projetos de desenvolvimento. Israel reconheceu a independência da Somalilândia, gesto considerado facilitado pela atuação de Abu Dhabi.

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