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Setor de carne bovina da Austrália desapontado com tarifa de 55% da China

China aplica tarifa de 55% sobre carne bovina australiana acima das cotas, a partir de 1º de janeiro por três anos, impactando o comércio entre Austrália e China

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Australian beef sold to China will be hit with a new 55% tariff.
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  • China aplicará tarifa de 55% sobre as importações de carne bovina que excederem as quotas, em defesa da indústria doméstica.
  • A quota total de importação para 2026, para a Austrália e outros países como Brasil e Estados Unidos, é de 2,7 milhões de toneladas métricas.
  • A medida entra em vigor em 1º de janeiro e vale por três anos, com a quota aumentando a cada ano.
  • O setor australiano reagiu de forma crítica, com a AMIC afirmando que as medidas são extremamente desaprovadas e podem prejudicar a relação comercial com a China.
  • A China importou 2,59 milhões de toneladas de carne bovina nos primeiros onze meses de 2025; especialistas preveem queda nas importações em 2026 devido às novas regras.

A China anunciou a aplicação de uma tarifa de 55% sobre as importações de carne bovina que excedem as cotas, como parte de medidas para proteger a indústria doméstica. O movimento afeta principalmente o Brasil, os EUA e a Austrália, principais fornecedores.

As autoridades chinesas afirmaram que, para 2026, a cota de importação de carne bovina para esses países é de 2,7 milhões de toneladas métricas, quase igualando o recorde de 2024. A cota anual começa a valer em 1º de janeiro e se ajustará de forma gradual nos próximos três anos.

A indústria australiana reagiu de forma contundente. A Australian Meat Industry Council (AMIC) classificou a medida como extremamente decepcionante e afirmou que não reflete a relação comercial estável e benéfica entre Austrália e China. Para o AMIC, a decisão pode reduzir fluxos comerciais e afetar relações já desenvolvidas.

Segundo especialistas, as importações de carne bovina da China caíram 0,3% nos primeiros 11 meses deste ano, para 2,59 milhões de toneladas. A expectativa é de queda adicional em 2026 devido às novas tarifas, que reduzem a competitividade de exportadores externos.

Dados de 2024 mostram que Brasil, Argentina e Uruguai aparecem entre os maiores fornecedores, seguidos por Austrália, Nova Zelândia e EUA. Em 2024, a Austrália exportou cerca de 216 mil toneladas à China, posição que pode recuar com as tarifas.

A China justificou que o aumento de carne importada superou a capacidade de atendimento do setor pecuário doméstico, exigindo medidas de proteção. Autoridades chinesas indicaram que as cotas são ajustadas anualmente para refletir necessidades do mercado.

Brasil e EUA também integram a lista de países abrangidos pela nova regra de salvaguarda, com a cota total de 2,7 milhões de toneladas para 2026. A medida busca equilibrar oferta externa com a demanda interna.

Comentando a reação australiana, o presidente de uma associação regional do setor sugeriu que produtores busquem mercados alternativos, citando opções fora da China como resposta imediata ao pacote tarifário.

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