A Primeira Turma do STF está analisando uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra militares que teriam planejado assassinar o ministro Alexandre de Moraes. A investigação da Polícia Federal ainda não conseguiu identificar todos os envolvidos no plano, chamado “Copa 2022”. Até agora, apenas dois dos seis suspeitos foram identificados. Os militares, que usavam codinomes, teriam monitorado Moraes e planejado sua prisão e morte. A PF descobriu que eles se comunicavam pelo aplicativo Signal e que um dos membros estava na frente da casa de Moraes quando a operação foi cancelada. A denúncia envolve 11 militares e um policial federal, que teriam discutido estratégias para pressionar os líderes militares a apoiar um golpe de Estado. A defesa dos acusados diz que as reuniões eram informais e não resultaram em ações concretas. O STF decidirá se a denúncia tem provas suficientes para seguir adiante. Este julgamento faz parte de um caso maior que já aceitou denúncias contra 21 pessoas ligadas ao plano golpista.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) analisa nesta terça-feira (20) a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um grupo de militares envolvidos em um plano golpista que visava o assassinato do ministro Alexandre de Moraes. A investigação, que ainda está em andamento, revela que a Polícia Federal (PF) não conseguiu identificar todos os suspeitos do plano, denominado “Copa 2022”.
Até o momento, apenas dois dos seis suspeitos foram identificados: os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Rodrigo Azevedo. O núcleo militar, composto por oficiais de altas patentes, é considerado sensível pela cúpula do Exército. A denúncia da PGR aponta que o grupo, disfarçado com codinomes, planejava prender e matar Moraes, monitorando sua localização.
Detalhes do Plano
Os investigadores da PF descobriram que os suspeitos se comunicavam por meio do aplicativo Signal. Em uma troca de mensagens, um dos membros do grupo estava posicionado em frente à casa de Moraes em 15 de dezembro de 2022, momento em que a operação foi abortada. A PF também relaciona o plano “Copa 2022” ao documento “Punhal Verde Amarelo”, elaborado pelo general Mario Fernandes, que detalhava estratégias para o assassinato do ministro.
A denúncia inclui 11 militares e um policial federal, sendo que a maior parte dos acusados participou de uma reunião em novembro de 2022, onde estratégias para pressionar os chefes militares a apoiar um golpe de Estado foram discutidas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o grupo tentava desenvolver uma estratégia de pressão sobre os comandantes que se opunham aos planos golpistas.
Acusações e Repercussões
Entre os acusados estão generais e coronéis que, segundo a PGR, tentaram articular ações coercitivas para desestabilizar o governo. A defesa dos réus contesta as acusações, alegando que as reuniões eram informais e não resultaram em ações concretas. A PF ainda investiga os detalhes do plano, que inclui a análise de celulares apreendidos.
O STF decidirá se a denúncia possui indícios suficientes para prosseguir. O julgamento atual é parte de um processo mais amplo que já resultou na aceitação de denúncias contra 21 pessoas ligadas a essa trama golpista. A análise da denúncia contra um economista que reside nos Estados Unidos ainda está pendente.
Entre na conversa da comunidade