O advogado Eduardo Kuntz pediu ao STF a anulação da delação de Mauro Cid, que é réu em um caso de golpe de Estado e delator do coronel Marcelo Câmara, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro. Kuntz apresentou mensagens que mostram que Cid não agiu de forma voluntária durante o acordo de colaboração. As mensagens foram trocadas entre Cid e Kuntz por meio de um perfil anônimo no Instagram e documentadas em 50 páginas. Cid critica seus advogados e o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “Kadafi do Judiciário”. Kuntz acredita que a falta de voluntariedade na delação deve ser considerada e que as conversas podem afetar outros réus no processo. A defesa de Câmara quer deslegitimar o acordo de Cid, alegando que as informações não devem ser usadas nas investigações.
O advogado Eduardo Kuntz, defensor do coronel Marcelo Câmara, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, protocolou um pedido no STF para anular a delação de Mauro Cid. O pedido é fundamentado em mensagens que indicam transgressões durante o acordo de colaboração. Kuntz argumenta que Cid não agiu de forma voluntária e que as provas obtidas devem ser desconsideradas.
As mensagens foram trocadas entre Cid e Kuntz através de um perfil clandestino no Instagram. O advogado documentou essas interações em um total de 50 páginas, apresentando-as ao ministro Alexandre de Moraes. Kuntz destaca que a iniciativa de contato partiu de Cid, o que contraria a defesa do delator, que alegou que as mensagens eram falsas.
Críticas e Revelações
No material apresentado, Cid critica seus advogados, chamando um deles de “Biden” e sugerindo que trocasse de profissional. Ele também se refere ao ministro Moraes como “Kadafi do Judiciário”, expressando descontentamento com a condução das investigações. Além disso, Cid menciona que a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o alertou sobre as investigações em andamento.
Kuntz enfatiza que a falta de voluntariedade na delação de Cid deve ser considerada. Ele acredita que as conversas podem ter implicações para outros réus no processo, pois, se Cid fizer declarações em seu interrogatório, isso poderá ser usado por outros acusados. O advogado também negou qualquer coordenação com a defesa de Bolsonaro, embora reconheça que os argumentos podem coincidir.
Implicações Legais
O novo pedido de anulação da delação de Mauro Cid se soma a outros já protocolados no STF. A defesa de Câmara busca, assim, deslegitimar o acordo de colaboração, alegando que as informações obtidas não podem ser utilizadas no processo. A situação continua a se desenrolar, com desdobramentos que podem impactar o andamento das investigações.
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