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Facções dominam a segurança e a vida nas comunidades brasileiras

Nordeste do Brasil enfrenta crise de segurança com alta taxa de homicídios; propostas de reforma buscam reverter a situação urgente

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Terror. Onde muitos grupos disputam o mesmo território, a barbárie impera, observa o idealizador do Pacto pela Vida, que reduziu os homicídios em Pernambuco (Foto: Andressa Anholete/AFP e Redes Sociais)
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  • Quatro dos cinco estados mais violentos do Brasil estão no Nordeste, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025.
  • Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas apresentam uma taxa de 33,8 homicídios por 100 mil habitantes, acima da média nacional de 20,8.
  • O professor José Luiz Ratton, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atribui a violência à disputa entre facções criminosas e à resposta inadequada dos governos.
  • Ratton propõe a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e a reforma do sistema penitenciário como soluções para a crise de segurança.
  • A integração entre prevenção e repressão, além de um sistema prisional humanizado, é essencial para reduzir a criminalidade na região.

Quatro dos cinco estados mais violentos do Brasil estão no Nordeste, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas apresentam uma taxa alarmante de 33,8 homicídios por 100 mil habitantes, superando a média nacional de 20,8 e a do Sudeste, que é de 13,3. O professor José Luiz Ratton, da UFPE, atribui essa violência à disputa territorial entre facções criminosas, além da resposta inadequada dos governos estaduais.

Ratton, idealizador do Pacto pela Vida, que reduziu os homicídios em Pernambuco entre 2008 e 2013, destaca que a fragmentação das organizações criminosas e a atuação errática do Estado são fatores cruciais para a escalada da violência. Ele observa que a expansão econômica desordenada no Nordeste, iniciada nos anos 2000, favoreceu o crescimento de mercados ilegais, especialmente o narcotráfico.

Causas da Violência

As facções criminosas, como o PCC e o CV, têm presença variável na região. Em alguns estados, atuam como fornecedoras de drogas, enquanto em outros, estabelecem alianças ou conflitos com facções locais. A fragmentação dos grupos e a resposta policial ineficaz contribuem para a instabilidade. Ratton ressalta que a Bahia enfrenta altos índices de letalidade policial, o que agrava a situação.

No Ceará, a competição entre grupos armados e a resposta desarticulada do sistema de segurança pública resultam em altos índices de violência. Apesar de Pernambuco não ter um histórico consolidado de facções, a violência persiste, especialmente após a descontinuidade do Pacto pela Vida.

Propostas para a Segurança

Ratton defende a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e a reforma do sistema penitenciário como soluções para a crise. Ele argumenta que a segurança pública deve ser prioridade nacional, com uma atuação coordenada entre União, estados e municípios. A integração entre prevenção e repressão, aliada a um sistema prisional humanizado, é essencial para reduzir a criminalidade no Nordeste e no Brasil.

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