- Mais de cinquenta eurodeputados pediram a expulsão de Israel do Festival de Eurovisão, alegando que sua participação blanqueia a situação em Gaza.
- A solicitação ocorre em meio a investigações sobre crimes de guerra e genocídio, semelhante à exclusão da Rússia em 2022.
- Os eurodeputados, de partidos como Sumar e Compromís, enviaram uma carta à União Europeia de Radiodifusão pedindo a suspensão da participação israelense.
- A RTVE, emissora pública da Espanha, pode retirar o país do festival de 2026 se Israel participar, seguindo a posição de outros países como Países Baixos e Islândia.
- A Alta Representante de Política Exterior da União Europeia, Kaja Kallas, criticou o boicote, afirmando que penaliza o povo israelense e não pressiona o governo.
Mais de 50 eurodeputados solicitaram a expulsão de Israel do Festival de Eurovisão, alegando que sua participação blanqueia a situação em Gaza. A pressão ocorre em meio a investigações sobre crimes de guerra e genocídio, semelhantes à exclusão da Rússia em 2022.
Os eurodeputados, incluindo membros de partidos como Sumar e Compromís, enviaram uma carta à União Europeia de Radiodifusão (UER) pedindo a suspensão da participação israelense. Eles argumentam que permitir a presença de Israel enquanto o país é investigado por violações de direitos humanos contradiz os valores do evento.
O grupo enfatiza que a presença de Israel no festival poderia ser usada como uma plataforma para normalizar a situação em Gaza. Eles lembram que a expulsão da Rússia foi motivada por sua invasão da Ucrânia, e pedem critérios claros para a admissão ou exclusão de países com base em direitos humanos.
Reações e Consequências
A RTVE, emissora pública da Espanha, anunciou que pode retirar o país do festival de 2026 se Israel participar. Essa posição se alinha a iniciativas semelhantes de Países Baixos, Eslovênia, Islândia e Irlanda. A decisão final sobre a participação de Israel ainda não foi confirmada e deve ser discutida até dezembro.
A Alta Representante de Política Exterior da UE, Kaja Kallas, criticou o boicote, considerando um erro que os Estados membros adotem medidas contra Israel, pois isso penaliza o povo israelense e não pressiona efetivamente o governo. A situação continua a gerar debates intensos sobre a relação entre cultura e política no contexto internacional.
