- Uma mulher de 29 anos denunciou abusos e cárcere privado pelo padrasto, que ocorreram por 22 anos em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
- A vítima conseguiu escapar em 16 de outubro, alegando que precisava levar os filhos ao posto de saúde, mas se dirigiu à delegacia.
- O padrasto, de 51 anos, foi preso em flagrante após tentar contatá-la com ameaças.
- A polícia apreendeu câmeras de monitoramento e vídeos dos abusos na residência do suspeito.
- O inquérito investiga sete crimes, que podem resultar em mais de 100 anos de prisão, e a mulher e os filhos foram acolhidos em um local seguro.
Uma mulher de 29 anos denunciou abusos e cárcere privado por parte do padrasto, que ocorreram por 22 anos em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. A vítima conseguiu escapar na terça-feira, 16 de outubro, ao alegar que precisava levar os filhos a um posto de saúde, mas se dirigiu à delegacia da Polícia Civil. O homem, atualmente com 51 anos, foi preso em flagrante após tentar contatá-la com ameaças.
Segundo o delegado Eduardo Kruger, os abusos começaram quando a mulher tinha apenas sete anos, enquanto sua mãe ainda era casada com o suspeito. A jovem engravidou aos 15 anos e, após a separação da mãe, foi forçada a manter um relacionamento com o padrasto, com quem teve três filhos. O delegado classificou o caso como um dos mais graves que já presenciou.
A Fuga e a Prisão
Durante a fuga, a mulher relatou que o homem a controlava emocionalmente e fisicamente, monitorando seus movimentos por câmeras instaladas na casa. Enquanto estava na delegacia, o suspeito tentou contatá-la mais de 30 vezes, enviando mensagens de áudio, algumas com ameaças. A polícia prendeu o homem em sua residência, onde foram apreendidas câmeras de monitoramento e vídeos dos abusos.
A Justiça converteu a prisão do suspeito em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A mãe da vítima foi convocada para depor e a polícia investiga sua possível participação nos crimes. A mulher e os filhos foram acolhidos em um local seguro, aguardando análise das medidas protetivas de urgência.
Investigação e Consequências
O inquérito investiga sete crimes, que podem resultar em uma pena total superior a 100 anos de prisão, caso o homem seja condenado. A vítima, que viveu em uma situação de constante vigilância e agressões, expressou seu desejo de ter um futuro livre de abusos. O caso ressalta a importância de denunciar situações de violência doméstica e a necessidade de apoio às vítimas.