- O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta uma crise política devido à sua ausência em sessões da Câmara.
- Ele viajou para os Estados Unidos com o objetivo de buscar apoio para seu pai, Jair Bolsonaro, e pressionar o governo de Donald Trump sobre sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Eduardo justificou sua ausência como “perseguição política” e “diplomacia parlamentar”, mas sua licença de 122 dias pode resultar na perda de seu mandato.
- Recentemente, ele foi nomeado líder da minoria na Câmara, após a renúncia da deputada Caroline de Toni, que apoiou essa estratégia.
- Eduardo enviou uma carta ao presidente da Câmara, Hugo Motta, pedindo autorização para continuar seu mandato fora do Brasil, mas a legalidade de sua situação será avaliada pela Mesa da Câmara.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta uma crise em sua carreira política após se ausentar de diversas sessões na Câmara. Recentemente, ele viajou para os Estados Unidos com o objetivo de buscar apoio para seu pai, Jair Bolsonaro, e pressionar o governo de Donald Trump em relação a sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo justificou sua ausência alegando “perseguição política” e que estava envolvido em “diplomacia parlamentar”. No entanto, sua licença de 122 dias — sendo dois para tratamento de saúde e 120 para interesses pessoais — pode resultar na perda de seu mandato, uma vez que a Constituição estabelece que deputados não podem se ausentar de mais de um terço das sessões ordinárias.
Consequências da Ausência
A situação se complica ainda mais com a recente nomeação de Eduardo como líder da minoria na Câmara, uma manobra do bloco bolsonarista que visa contornar a resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta. A deputada Caroline de Toni renunciou ao seu cargo para viabilizar essa estratégia, alegando que a decisão foi tomada em defesa de Eduardo e Jair Bolsonaro.
Eduardo também enviou uma carta a Motta solicitando autorização para continuar exercendo seu mandato enquanto permanece fora do Brasil. Contudo, a interpretação da lei não pode ser alterada para atender a interesses pessoais, e a Mesa da Câmara deverá agir caso ele ultrapasse o limite de faltas.
O Futuro Político de Eduardo
Se a perda de mandato se concretizar, Eduardo poderá se candidatar novamente nas próximas eleições. A situação atual levanta questões sobre a responsabilidade dos parlamentares em representar seus eleitores, que esperam que seus representantes atuem em Brasília, e não em outros países. A pressão sobre Eduardo aumenta à medida que a Câmara se prepara para tomar decisões sobre sua situação, e a expectativa é que a legalidade prevaleça em meio a manobras políticas.