- O deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou a proposta de anistia ampla e irrestrita para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, apresentada pelo deputado Paulinho da Força.
- Eduardo chamou a proposta de “indecorosa e infame” e alertou sobre suas consequências políticas.
- Ele também questionou a legitimidade do ex-presidente Michel Temer nas negociações da anistia, afirmando que a Constituição não deve ser ignorada.
- Paulinho defendeu que a proposta é uma redução de penas, não uma anistia ampla, e que a anistia total é inconstitucional.
- O pastor Silas Malafaia também se opôs à proposta, lembrando que a competência para conceder anistia é exclusiva do Congresso.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia manifestaram forte oposição à proposta de anistia ampla e irrestrita para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. As críticas foram direcionadas ao deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que foi nomeado relator do Projeto de Lei da Anistia na Câmara dos Deputados.
Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, chamou a proposta de Paulinho de “indecorosa e infame”. Em suas redes sociais, ele afirmou que não aceitará acordos que comprometam a justiça e alertou que Paulinho pode ser visto como um colaborador do regime de exceção do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O deputado enfatizou que a anistia ampla não está em negociação.
Críticas a Michel Temer
Além de Paulinho, Eduardo também criticou o ex-presidente Michel Temer (MDB), que está envolvido nas negociações da proposta. Ele questionou a legitimidade de Temer ao afirmar que a Constituição não deve ser ignorada em busca de um acordo com o STF e o Executivo. Para Eduardo, a proposta de Paulinho não deve ser considerada, pois perpetua os crimes cometidos por Moraes.
Paulinho, por sua vez, defendeu que a proposta atual não se trata de uma anistia ampla, mas sim de uma redução de penas para os envolvidos nos eventos de janeiro. Ele se reuniu com Aécio Neves (PSDB-MG) e Temer para discutir o texto, afirmando que a anistia ampla é um “sonho” dos bolsonaristas, mas que não pode ser concretizada devido à sua inconstitucionalidade.
Malafaia também se manifestou contra a proposta, lembrando que em 1979 houve uma anistia ampla para guerrilheiros e assaltantes. Ele criticou a necessidade de um acordo com o STF e o Executivo, afirmando que a competência para conceder anistia é exclusiva do Congresso.