- O almirante Henrique Gouveia e Melo disse que sua candidatura à presidência foi estimulada por uma tentativa do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de travá-la, conforme o livro “Gouveia e Melo – As Razões”, que será lançado em 24 de novembro de 2025.
- A revelação faz referência a uma matéria do Expresso de outubro de 2024 sobre a possível recondução dele ao cargo de chefe da Armada para evitar a candidatura.
- No livro, ele critica o que chama de autismo político e o distanciamento do governo em relação a mudanças globais, afirmando que sua contribuição seria mais útil na política.
- Gouveia e Melo também fala sobre a sucessão de Mendes Calado, alegando que Marcelo fez uma declaração “assassina” ao sugerir que não era necessário empurrar Mendes Calado, e afirma não ter pressionado ninguém.
- O livro, com 236 páginas, promete apresentar a visão do almirante sobre sua trajetória nas Forças Armadas, as motivações para entrar na corrida presidencial e os desafios atuais.
O almirante Henrique Gouveia e Melo revelou que sua candidatura à presidência de Portugal foi impulsionada por uma tentativa do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de travar sua ascensão. A declaração foi feita no livro “Gouveia e Melo – As Razões”, que será lançado em 24 de novembro. O ex-chefe do Estado-Maior da Armada mencionou que a decisão de concorrer veio após a leitura de uma matéria do *Expresso* que indicava a intenção de Marcelo de reconduzi-lo ao cargo de chefe da Armada para evitar sua candidatura.
Gouveia e Melo expressou sua indignação ao afirmar que ficou “danado” com a notícia. No livro, ele critica o que considera um “autismo político” e um alheamento do governo em relação às mudanças que se aproximam, citando a cena internacional e a possível reeleição de Donald Trump como exemplos. Ele argumenta que, diante da falta de preocupação do governo, sua contribuição seria mais útil no meio político.
Críticas e Conflitos
O almirante também abordou a sucessão do almirante Mendes Calado, afirmando que Marcelo fez uma declaração “assassina” ao sugerir que não era necessário que ele empurrasse Mendes Calado. Gouveia e Melo negou ter feito qualquer pressão e afirmou que tal afirmação gerou um ambiente tenso. Sobre as críticas de Luís Marques Mendes, que considerou sua eleição um risco à democracia, Gouveia e Melo respondeu que Mendes parecia ter “ensandecido por momentos”.
O livro, que contém 236 páginas, promete trazer uma análise sobre sua visão política e as motivações que o levaram a entrar na corrida presidencial, além de reflexões sobre sua carreira nas Forças Armadas e os desafios que enfrenta na atualidade.