- STF determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus em processo sobre suposta tentativa de golpe, com cumprimento em sala reservada da Polícia Federal e plantão médico.
- Generais Augusto Heleno e Paulo Nogueira também foram presos; defesa de Bolsonaro informou que vai recorrer.
- Oposição no Congresso pressiona por anistia e indulto e já mira votações nesta semana.
- Governo Lula enfrenta derrotas no Senado e atritos com o Legislativo, além de resistência à indicação de Jorge Messias ao Supremo.
- Moraes determinou a perda de mandato do deputado Ramagem; Motta afirmou que vai analisar a ordem, enquanto Ramagem é considerado foragido.
O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, no âmbito do inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe. A ordem foi executada em sala reservada da Polícia Federal, com plantão médico disponível durante o cumprimento. A defesa informou que recorrerá da decisão. Também foram presos os generais Augusto Heleno e Paulo Nogueira. Os presos foram encaminhados ao Comando Militar do Planalto.
A ação envolve outros réus no mesmo processo, que apura a participação de autoridades em atos que poderiam caracterizar tentativa de ruptura institucional. O ministro Alexandre de Moraes assinou o mandado de prisão, colocando em evidência o desfecho de um tensionado contexto político e institucional no país.
A prisão ocorre em meio a disputas políticas intensas. A oposição pressiona por anistia e indulto, enquanto o governo Lula encara derrotas no Senado e conflitos com o Legislativo. A indicação de Jorge Messias ao STF também é tema de acalorados debates e avaliações de apoio e resistência entre as casas do Congresso.
Desdobramentos políticos
A decisão repercute no âmbito partidário: o PL afirma ter votos para sustentar medidas favoráveis a anistias, e o PP condiciona apoio presidencial a compromissos de indulto a Bolsonaro. A normalidade institucional é defendida por ministros, enquanto apoiadores da direita veem a decisão como marco relevante no cenário democrático.
A crise envolve ainda o andamento de votações, tensões entre líderes da Câmara e do Senado e ações contra membros do governo. O momento exige acompanhamento de próximos passos legais e políticos, incluindo possíveis recursos e novas manifestações no Congresso.