- A disputa entre o presidente Lula e o Senado sobre a indicação de Jorge Messias ao STF escalou para um embate de poder, com risco de fissura entre Executivo e Legislativo.
- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acusou o governo de tentar manchar sua imagem e marcou a sabatina para o dia 10 de dezembro, antes da formalização da indicação.
- A indicação precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça por maioria simples e, no plenário, requer ao menos 41 votos de 81.
- Há temor histórico de rejeição da vaga desde 1894, o que pode provocar uma crise maior e levar a uma possível intervenção de um terceiro nome, como Maria Elizabeth Rocha, plano considerado nos bastidores.
- O desenrolar da sabatina e a posição do Senado podem redefinir o equilíbrio entre os poderes e ampliar a percepção de independência do Legislativo.
A indicação de Jorge Messias para o STF transformou-se em um embate de forças entre o Executivo e o Congresso. O atraso na formalização da nomeação, marcando a sabatina para 10 de dezembro, ocorreu num momento de forte tensão entre o Palácio do Planalto e o Senado. A disputa envolve a necessidade de maioria simples na CCJ e 41 votos no plenário, além do desgaste político entre poderes.
Alcolumbre reagiu publicamente, acusando o governo de manchar sua imagem com a resistência a Messias. O presidente do Senado também anunciou que a sabatina ocorreria mesmo sem acordo prévio, elevando a pressão sobre Lula. Analistas veem o episódio como teste de autonomia do Senado frente ao Executivo e ao Judiciário.
Situação no Senado
Messias já circula entre senadores, mas enfrenta resistência de opositores e de governistas. Há expectativa de que, se rejeitado, o governo precise apresentar um terceiro nome, potencialmente menos ligado ao Planalto. O cenário atual acende o debate sobre a capacidade de o governo formar maioria estável no conjunto da Casa.
Diversos especialistas destacam que a rejeição abriria crise institucional mais ampla, com impactos sobre a governabilidade e o equilíbrio entre Poderes. A atual tensão também aumenta a percepção de independência do Senado frente a pressões políticas, e pode influenciar o tom das negociações até 2026.