- Surgem áudios do CEO Pablo Gallart incentivando melhorias de resultados, ampliando a controvérsia sobre a faturação do hospital.
- Acusações anteriores de priorizar pacientes de outras áreas para aumentar a faturação tiveram apoio em um manifesto assinado por dezenas de trabalhadores do hospital de Torrejón.
- A deputada Marta Carmona, de Más Madrid, questiona em comissão parlamentar se há redução de entrada de pacientes de Torrejón e prolongamento de internações de outras áreas para faturar mais.
- Denúncias dos trabalhadores apontam pressão sobre chefias para priorizar pacientes de outras áreas na programação de consultas externas e nas listas de espera, em detrimento de Torrejón.
- Dados da Comunidad de Madrid indicam aumento de intervenções entre 2021 e 2023 e mais pacientes entrantes de fora da área em 2022 e 2023, o que permitiria faturamento adicional por atendimentos intercentros.
Os audios do CEO Pablo Gallart reforçam as acusações sobre priorização de pacientes de fora para aumentar a faturação do hospital de Torrejón. Registro mostra que há protestos e um manifesto assinado por dezenas de trabalhadores, divulgado anteriormente. A controvérsia se expandiu com as novas falas vazadas.
Segundo as denúncias, a gestão pode ter orientado a prioridade de consultas externas e cirurgias para pacientes de outras áreas, em detrimento dos pacientes locais. Trabalhadores relatam pressões para elevar a receita, em desacordo com princípios de equidade do SUS.
Áudios do CEO e reação parlamentar
Os áudios mostram Gallart pedindo aos gestores que identifiquem processos menos contribuidores para o EBITDA e foquem na atividade que gere mais receita. A fala ocorreu durante reunião em setembro, segundo relatos publicados pela imprensa.
Marta Carmona, deputada de Más Madrid, questiona na comissão da Assembleia regional se há redução deliberada de entradas de pacientes de Torrejón. Ela cita relatos de trabalhadores e reforça a necessidade de resposta oficial.
Contexto financeiro e operatório do hospital
O hospital, gerido por uma empresa privada, integra a rede pública e recebe um canon anual da Comunidade de Madrid. Pacientes de fora podem aumentar a fatura ao governo pela livre escolha de centro.
Dados internos apontam aumento de intervenções: 2021 teve 2.375 cirurgias com hospitalização; 2023, 3.414, alta de 44%. Já cirurgias ambulatorias passaram de 8.501 para 13.402, aumento de 58%. As memórias não distinguem pacientes locais de fora.
Impacto na população atendida
Em 2022, Torrejón recebeu quase 16 mil consultas de pacientes não residentes; em 2023 foram quase 25 mil. Esses números sugerem maior faturamento por pacientes intercentros e por procedimentos fora do convênio.
Os trabalhadores defendem que a prática compromete a equidade e a qualidade do atendimento, chamando para recuperar o padrão de excelência do início do projeto. A comissão parlamentar busca esclarecer responsabilidades e procedimentos.
