- Lula afirmou não ter problemas com o Congresso, mas criticou o que chama de “sequestro” de parte do Orçamento pelo Legislativo, relacionado às emendas parlamentares de pagamento obrigatório.
- O discurso ocorreu durante a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 no Congresso.
- A comissão mista aprovou um calendário de execução das emendas impositivas, com pagamento de 65% até o fim do primeiro semestre.
- As emendas devem totalizar 52 bilhões de reais em 2026.
- Lula disse que o problema só se encerra quando se mudar as pessoas que governam e aprovam o orçamento, ao falar no Conselhão no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira 4 que não há conflito com o Congresso, mas criticou o que classifica como sequestro de parte do Orçamento pela Câmara e pelo Senado por meio das emendas parlamentares de pagamento obrigatório. O comentário ocorreu durante a sexta plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no momento em que o Legislativo discute a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026.
Segundo o texto da comissão mista, aprovado anteontem, haverá um calendário para a execução das emendas impositivas com pagamento de 65% até o fim do primeiro semestre e um total de 52 bilhões de reais para 2026. No discurso, o presidente ressaltou que a mudança de pessoas que governam e aprovam é considerada a forma de resolver a questão, enfatizando que não é contra o Congresso, mas contrariado com a prática.
Lula afirmou ainda que o governo não tem problemas com o Legislativo, porém é crítico quanto à dependência de regras que obrigam a execução de emendas, destacando a necessidade de maior alinhamento entre os poderes para evitar distorções no orçamento público. A fala ocorreu após críticas anteriores sobre o tema, associadas à discussão da LDO de 2026 e às regras para as emendas impositivas.