- O primeiro-ministro Anthony Albanese defendeu a assinatura de voos de última hora para Anika Wells, uma assessora e um funcionário, seguirem a Nova York para promover a proibição australiana de redes sociais para menores de 16 anos na Assembleia Geral da ONU.
- O governo pagou US$ 45.744 para realizar o evento “Protegendo crianças na era digital” no salão de hóspedes da ONU.
- Wells teve encontros com executivos da Meta, Microsoft e Amazon durante a viagem.
- Wells afirmou ter utilizado a “entitlement” de reunião com a família para a viagem de Thredbo, dizendo estar dentro das diretrizes.
- Albanese disse que a função de Wells na ONU era importante para angariar apoio internacional à proibição prevista, enquanto houve atraso devido a três mortes associadas a falha no serviço de telecomunicações da Optus.
O primeiro-ministro Anthony Albanese defendeu a aprovação de voos de última hora para Anika Wells e um assessor, além de um gasto de US$ 45.744 para um evento da ONU, com o objetivo de promover a proibição de redes sociais para menores durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York. A decisão ocorreu após o adiamento envolve uma viagem de Wells que seria acompanhada pelo premiê, com a justificativa de que a participação ajudaria a alinhar aliados internacionais. O governo afirmou que as viagens foram autorizadas dentro das regras vigentes.
Wells participa de reuniões com executivos de grandes empresas de tecnologia, incluindo Meta, Microsoft e Amazon, durante a programação na ONU. A comitiva também integrou eventos e painéis voltados a questões digitais e à proteção de crianças na era digital. A assessoria de imprensa indicou que a presença de Wells tinha como foco ampliar o apoio internacional à medida australiana.
Viagens e controvérsias anteriores
A cobertura recente destacou escrutínio sobre benefícios de viagem de parlamentares, incluindo alegações de uso de reembolsos públicos pela família de Wells para férias em Thredbo. Também houve discussões sobre gastos com eventos da comitiva e sobre limites para relações com grandes empresas de tecnologia, bem como propostas envolvendo menores de idade nas redes.
O governo informou que os parlamentares podem manter abonos de viagem para atividades oficiais, desde que haja justificativa de âmbito parlamentar e comprovação de finalidade pública. A autoridade responsável pela fiscalização dos gastos é a Independent Parliamentary Expenses Authority, criada após controvérsias envolvendo outros parlamentares.
Detalhes da agenda na ONU
O gabinete de comunicações informou que o custo de US$ 45.744 destinou-se a um evento intitulado Protecting children in the digital age, realizado no salão de hóspedes da Assembleia Geral, com a participação de representantes de vários países. Wells ressaltou que a viagem foi essencial para buscar apoio internacional à medida australiana.
Albanese explicou que a decisão de manter Wells na Austrália em um momento de incidentes na rede Optus foi seguida de autorização para voos de retorno, que ocorreu apenas após a verificação de condições de segurança. A defesa do governo enfatiza que a atuação da representante ocorre em conformidade com as diretrizes de uso de recursos públicos.
