- DAB amplia a maioria na Câmara de Hong Kong, fortalecendo a hegemonia pró-Pékin desde a reforma eleitoral de 2021, com aumento no número de assentos.
- Partido da Nova Gente cai pela metade; Frente dos Trabalhadores também recua, alterando a dinâmica entre os pró-Pékin.
- Participação sobe para 31,9%, mas o total de votos válidos cai; votos nulos atingem 3,12%.
- Arrecadação de informações aponta 11 detenções ligadas a apelos ao boicote durante a campanha.
- Contexto da eleição inclui o incêndio de Wang Fuk Court, que ocorreu em 26 de novembro e influencia o cenário político.
A Aliança Democrática para a Melhoria e o Progresso de Hong Kong (DAB) venceu as eleições legislativas de domingo com vantagem clara, ampliando o número de cadeiras na Câmara. O resultado consolida a hegemonia do campo pró-Pequim, no marco de reformas de 2021 que reduziram a oposição.
O pleito ocorreu em Hong Kong, em um quadro de tensão após o megaincêndio de 26 de novembro que devastou sete prédios de habitação social, deixando 159 mortos. O sistema eleitoral atual reserva 90 assentos para circunscrições, colégios e um comitê próximo a Beijing.
O DAB avançou mesmo diante de perdas em regiões específicas. O Partido da Nova Gente caiu pela metade, passando a três membros, enquanto o Frente dos Trabalhadores sofreu recuos. A participação foi de 31,9%, mas o número de votos válidos caiu e houve aumento de votos nulos em 3,12%.
Resultados e desdobramentos
A abstenção voltou a registrar queda de votação, porém os votos nulos subiram. Registros apontam 41.147 cédulas inválidas, em sua maioria brancas, refletindo descontentamento com o cenário sem oposição real.
Participação, financiamento e leis
As autoridades lembraram que pedir abstenção ou voto branco é crime. A Comissão Independente contra a Corrupção já deteve 11 pessoas por mensagens que incentivavam boicote. A arrecadação de campanhas não foi detalhada neste informe.