- No último domingo, Brigitte Macron assistiu a um show de Ary Abittan no teatro Folies Bergère, em Paris, acompanhado da filha Tiphaine Auzière.
- Antes da apresentação, uma conversa gravada mostra Brigitte chamando quatro feministas de “sales connes”/“gilipollas de mierda”, gerando indignação.
- O caso reacende críticas ao retorno de Abittan aos palcos em 2024, após denúncia de violação em 2021, alvo de protests do movimento #noustoutes.
- Reações incluem críticas da esquerda, pedidos de desculpas políticas e debates sobre linguagem pública e violência contra mulheres.
- Executivos e políticos, como Prisca Thevenot e Amélie de Montchalin, comentaram o episódio, destacando controvérsia sobre o tom utilizado e sua repercussão política.
Brigitte Macron esteve no teatro Folies Bergère, em Paris, neste fim de semana, acompanhada pela filha Tiphaine Auzière, para assistir a um show do humorista Ary Abittan. O evento ocorre em meio a controvérsias sobre o retorno de Abittan aos palcos, após acusações de violação em 2021.
Antes do início da apresentação, uma conversa entre Brigitte Macron e Abittan foi divulgada por meio de uma câmera. Nela, a primeira-dama chama quatro feministas de termos pejorativos, o que suscitou indignação entre movimentos feministas e setores da política. A gravação gerou reação rápida nas redes e na imprensa.
Repercussões políticas e sociais
O coletivo #noustoutes criticou duramente as falas da primeira-dama, afirmando que a expressão reflete uma visão ofensiva às sobreviventes de violência sexual. Personalidades do cinema e da política discutiram o tom adotado por Brigitte Macron e seu impacto no debate público.
Apoio e críticas chegaram de diferentes lados. Líderes de esquerda cobraram maior responsabilidade no uso da linguagem pública e condemaram a agressão verbal às vítimas. Do lado governista, parlamentares destacaram que o episódio não deve obscurecer a luta contra a violência de gênero.
Contexto do ataue de Abittan
Ary Abittan enfrentou acusações de violência sexual em 2021, que resultaram em atraso de sua carreira. Em 2024 ele retornou aos palcos, o que ampliou o debate sobre direitos das vítimas e sobre a responsabilidade de artistas ao retornar à atividade pública. Movimentos feministas lembram que muitas denúncias não resultam em processo.
Entre críticas à gestão de Emmanuel Macron, a oposição e aliados discutiram se o episódio pode influenciar a percepção sobre políticas de combate à violência sexual. A ministra Amélie de Montchalin reconheceu que o vocabulário utilizado pela primeira-dama não pertence ao tom do debate público.
Reação de personalidades e autoridades
O ex-presidente François Hollande comentou que, mesmo com críticas às formas, é importante não desmerecer as denúncias de violência contra mulheres. A deputada Prisca Thevenot defendeu que o uso de linguagem inadequada não ajuda a causa defendida pelas sobreviventes. Outras vozes consideraram o episódio um alerta sobre o foco público em casos sensíveis.
O episódio evidencia a tensão entre o direito de apresentar-se publicamente e a responsabilidade de discutir violência de gênero com rigor. O contexto envolve a atriz Judith Godrèche e as ações do coletivo #noustoutes, além de debates sobre como a imprensa cobre denúncias e desdobramentos judiciais.
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