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Sarkozy aponta falhas do sistema e apoia ultradireita em novo livro

Após três semanas de detenção, Sarkozy lança Diário de un prisionero, sinalizando aproximação com a ultradireita e impacto político na direita francesa

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Nicolas Sarkozy passou três semanas na prisão La Santé, condenado a cinco anos por obter apoio do regime de Muammar Gadafi para financiar a campanha de 2005–2007.
  • Depois da libertação, em 10 de novembro, lançou Diário de un prisionero (Fayard), livro de 212 páginas sobre a vida na prisão e críticas ao sistema.
  • O relato descreve a rotina na cela, alimentação, higiene, humores dos presos e as visitas da esposa, Carla Bruni, além de receber milhares de cartas.
  • O ex-presidente afirma conversar com Marine Le Pen e defende aproximação entre direita e ultradireita, sugerindo que o Républicain (antiga sigla) precisa de união ampla.
  • Sarkozy continua envolvido em processos judiciais, com novas condenações confirmadas pelo Supremo, e faz observações sobre o governo de Emmanuel Macron e a política francesa.

Nicolas Sarkozy saiu da prisão em 10 de novembro, após cumprir três semanas da pena de cinco anos por financiamento de campanha. Ao deixar La Santé, o ex-presidente francês lançou Diário de um prisioneiro (Fayard), obra que narra os dias na penitenciária, as relações com a oposição e a imprensa, e sugere ajustes políticos na direita francesa.

O livro, de 212 páginas, já é considerado fenômeno editorial. Sarkozy descreve a convivência com presos diversos e a sensação de isolamento, destacando a vigilância policial contínua e as dificuldades de comunicação. O diário também retrata o apoio que recebeu, como as 22 mil cartas, de figuras públicas e leitores anônimos, além da presença constante da esposa, Carla Bruni.

Conteúdo do diário e relações políticas

O texto abre espaço para críticas ao sistema penitenciário e ao próprio cenário político. Sarkozy menciona o contato telefônico com Marine Le Pen durante a detenção e defende mudanças na relação entre a direita tradicional e a ultradireita. O ex-presidente afirma que o Recenseamento Nacional não representa perigo à República, defendendo um reagrupamento sem exclusões.

Segundo o livro, houve encontros com líderes e interlocutores da ultradireita, incluindo Sébastien Chenu, que mantinha correspondência com ele. Sarkozy também descreve a reunião prévia com o presidente Emmanuel Macron no Elíseo e a oferta de fuzão de segurança durante a prisão, que ele recusou, mantendo dois policiais ao lado da cela.

Prisão, religião e retorno à política

Ao narrar a experiência na La Santé, Sarkozy descreve condições de detenção, alimentação restrita e limitações de comunicação, além do risco percebido por sua segurança. Ao chegar ao fim da detenção, ele relata ter buscado refúgio espiritual no santuário de Lourdes, acompanhando Carla Bruni.

No âmbito jurídico, o ex-presidente enfrenta novas decisões: em 26 de novembro, o Tribunal Superior confirmou uma pena de seis meses por financiamento irregular da campanha de 2012; em dezembro, houve outra condenação por corrupção e tráfico de influência. Entre fevereiro e maio, ele utilizou tornozeleira eletrônica para cumprimento de regime domiciliar.

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