- Plenário da Câmara não cassou Carla Zambelli (PL); o placar levou à suspensão do mandato de Glauber Braga (PSOL) para contornar o quórum mínimo.
- Glauber Braga poderá ter o mandato suspenso por seis meses, conforme decisão tomada no plenário.
- Hugo Motta (Republicanos) encaminhou o processo de Zambelli à Comissão e, depois, ao plenário, gerando resistência interna.
- O PT pretende recorrer ao STF para questionar o não cumprimento de decisão judicial pela Câmara, com possível nova intervenção sobre Ramagem na semana seguinte.
- O contexto envolveu tentativas do Centrão e de Motta de conduzir pautas surpresa, enquanto o presidente da Casa, Arthur Lira, buscava manter apoios para evitar cassação.
O plenário da Câmara dos Deputados abriu a sessão sem cassar Carla Zambelli (PL-SP) e manteve Glauber Braga (PSOL-RJ) em mandato. A votação contrariou a expectativa de cassação alimentada por Centrão e pelo líder Hugo Motta, que tentavam conduzir o desfecho com surpresas.
A bancada de Zambelli conseguiu contornar o quórum mínimo para a perda do mandato, com atuação decisiva do PL. A expectativa era de cassação da deputada da direita apoiada por parte do Centrão, mas o placar ficou favorável à manutenção.
Glauber Braga também escapou da cassação. O grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia estruturado o roteiro para suspender o mandato dele por seis meses, em troca de apoio a pautas do governo. O desfecho surpreendeu governistas e oposicionistas.
Motta, que conduzia a condução do tema, manteve a decisão em comissão antes de levar ao plenário, gerando resistência interna. A estratégia abriu espaço para críticas ao comando da casa e à forma de condução de pautas.
Desenvolvimento e desdobramentos
- O PT deve recorrer ao STF para questionar o não cumprimento de decisão judicial pela Câmara, segundo lideranças, apontando violação de ordem judicial no processo de Braga.
- A expectativa é de nova intervenção no STF na próxima semana, com possível participação de Ramagem em articulações futuras.
- A votação sobre o processo de cassação de Alexandre Ramagem (PL-RJ) também está sob análise de movimentos internos, com impactos no equilíbrio entre diferentes bancadas.
A Câmara passa a enfrentar críticas por parte de partidos de centro que avaliaram o episódio como sinal de politização excessiva das decisões. Parlamentares indicam que a condução de pautas sem acordo prévio prejudica a governabilidade e a previsibilidade dos trabalhos.
A Procuradoria da Câmara e a Mesa Diretora devem manter o rito previsto, enquanto o judiciário é acionado para tratar de decisões ainda pendentes. A situação amplia o debate sobre o papel da casa na fiscalização e no cumprimento de decisões judiciais.
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