- José Antonio Kast foi eleito presidente do Chile com 58,17% dos votos, frente a 41,83% de Jeannette Jara, com quase todos os votos apurados.
- O ultraconservador propõe detenção de migrantes, muro na fronteira, cercas e maior presença militar na fronteira.
- Não terá maioria absoluta no Congresso e não poderá controlar o Legislativo sozinho.
- Disse que pretende cortar US$ 6 bilhões de gastos públicos em 18 meses.
- O resultado é visto como continuidade da alternância de poder entre direita e esquerda no Chile desde a redemocratização, com reflexo de ondas conservadoras na região.
O ex-deputado ultraconservador José Antonio Kast foi eleito presidente do Chile, com 58,17% dos votos, ante 41,83% de Jeannette Jara. Com quase todos os votos apurados, a diferença já era definida. A vitória confirma a tendência de ganho da direita no país.
Kast disputou pela terceira vez a presidência. O resultado acentuou a polarização entre esquerda e direita que marca a política chilena desde a redemocratização de 1990. Jara era ministra do Trabalho no governo de Boric, alvo de críticas de setores conservadores.
O candidato vencedor propõe medidas rigorosas na fronteira, incluindo detenção de migrantes, muros e cercas, com maior presença militar na região norte. Afirma cortar US$ 6 bilhões de gastos públicos em 18 meses, mas não detalha o caminho para isso.
Propostas e cenário político
Apesar da vitória, Kast não conquistará maioria absoluta no Congresso, nem na Câmara nem no Senado, mesmo somando as bancadas de partidos de direita. A equipe dele não divulgou planos completos de execução econômica.
Analistas destacam que o discurso sobre segurança e migração foi determinante na campanha. A comunidade internacional observa impactos de políticas mais duras em migração e governança pública, com possível efeito sobre a economia e a integração regional.
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