- José Antonio Kast venceu a segunda volta com 58,3% dos votos, com 95% apurados, contra 41,7% de Jeannette Jara.
- Kast assume o cargo em 11 de março de 2030, tornando-se o primeiro representante de extrema direita desde a ditadura a ocupar La Moneda, substituindo Gabriel Boric.
- O presidente eleito promete um governo de emergência, com foco em ordem, segurança, combate à criminalidade, migração irregular e economia.
- A vitória evidencia um giro conservador no Chile e coloca à prova a institucionalidade do país, já que o novo governante não terá maioria no Congresso.
- O resultado é visto como expressão do desgaste dos partidos tradicionais após o estallido social de 2019 e do fracasso do novo modelo constitucional em 2022.
José Antonio Kast venceu a segunda volta, com 58,3% dos votos apurados, segundo dados com 95% das urnas contabilizadas. A adversária Jeannette Jara ficou com 41,7%. Ele se torna o primeiro dirigente de direita radical desde a ditadura a chegar à presidência, em La Moneda.
Kast, de 59 anos, líder do Partido Republicano, assume o cargo em 11 de março de 2030. O discurso de vitória enfatou ordem, segurança pública, políticas anticrime, controle migratório e medidas para a economia. A nova gestão deverá enfrentar a delinquência e o crescimento econômico.
Jara reconheceu a derrota e ressaltou que “a democracia falou forte e clara”. A candidata entrou em contato para desejar sucesso ao eleito e afirmou que a esquerda continuará trabalhando por uma vida melhor para o país, junto aos seus apoiadores.
Resultados e perspectivas
Kast venceu com folga, mantendo cerca de 17 pontos de vantagem sobre Jara. O pleito aponta mudança significativa no mapa político, com ampliação do espectro conservador em Chile e na região.
O presidente eleito propõe um governo de emergência para enfrentar três crises consideradas centrais: violência, migração irregular e desaceleração econômica. A mensagem sugere medidas enérgicas para combater o crime e reduzir o fluxo migratório irregular.
Contexto político
Desde o retorno à democracia em 1990, o Chile alternou entre forças de esquerda e direita, em meio a tentativas constitucionais que não prosperaram. O plebiscito de 1988 e os desdobramentos de 2019 moldaram o cenário atual, marcando o fim de velhas disputas entre “Sí” e “No” e abrindo espaço para novas coalizões de direita.
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