- Valdemar Costa Neto pediu ao centrão que apoie a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência, dizendo que é hora de “pôr a cabeça no lugar” e que, em meados de janeiro, o grupo deverá retomar as conversas.
- O presidente do PL destacou que não é momento propício para articulações e que, a partir de janeiro, vai “voltar para a guerra” e conversar com partidos que já o acompanham, buscando unidade.
- Pesquisa Quaest mostra que 54% dos entrevistados acham que Bolsonaro errou ao indicar Flávio como candidato em 2026; Flávio aparece em segundo lugar em cenários de primeiro turno, com 23% a 26%.
- Michelle Bolsonaro é citada como provável candidata a senadora; ela também criticou articuladores do PL com Ciro Gomes para o Senado no Ceará, o que gerou repercussão entre filhos de Jair Bolsonaro.
- A ex-primeira-dama pediu afastamento da presidência do PL Mulher, citando tensões decorrentes da prisão de Jair Bolsonaro e mudanças de saúde, em meio a disputa interna sobre falas políticas do grupo.
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), afirmou que o centrão precisa colocar as prioridades no lugar e apoiar a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência. Em tom de cautela, disse que o momento não é propício para articulações, favorecendo o retomar das conversas no início do próximo ano. O objetivo é manter a unidade e ampliar as chances do grupo nas eleições.
A declaração ocorreu após a sessão do Senado que empossou Bruno Bonetti, suplente de Romário (PL-RJ), no cargo de senador pelo estado do Rio de Janeiro. Costa Neto sinalizou continuidade do trabalho parlamentar e a disposição de conversar com partidos que já caminham junto ao PL. Segundo ele, há condições de vencer unindo forças.
A pesquisa Quaest divulgada hoje aponta que 54% dos entrevistados avaliam como erro a indicação de Flávio Bolsonaro para a candidatura de 2026, e 36% consideram a escolha correta. Em todos os cenários avaliados, Flávio aparece como opção de voto no primeiro turno entre 23% e 26%.
Retomada de palanques e possível candidatura de Michelle Bolsonaro
Costa Neto comentou ainda a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro concorrer ao Senado, mantendo a linha de que ela deve disputar uma vaga na Câmara Alta. A posição ocorre após críticas recebidas por parte de filhos de Jair Bolsonaro sobre ações de Michelle no cenário estadual.
Durante evento no Ceará, Michelle já havia se manifestado publicamente contra uma articulação do PL com o ex-governador Ciro Gomes para o Senado no Ceará em 2026, o que gerou embates internos no partido. A repercussão trouxe sinais de tensões entre lideranças do PL e familiares do ex-presidente.
Relatos internos apontam que a crise expôs disputa sobre quem representa o apoio ao ex-presidente, hoje preso, e gerou instabilidade em palanques estaduais e na eventual sucessão presidencial de 2026. Dias após as desavenças, Michelle pediu afastamento de cargo na coordenação do PL Mulher, citando tensões ligadas à prisão de Jair Bolsonaro e questões de saúde.
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