- PF deflagra nova fase da operação Sem Desconto, com o senador Weverton Rocha entre os alvos, e realiza 52 mandados de busca e apreensão, além de 16 prisões.
- A investigação aponta repasses de 300 mil reais a Roberta Luchsinger, amiga de Fábio Luís Lula da Silva, por meio de Antonio Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.
- O esquema envolve descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, com uso de cadastros fraudulentos e dados falsos em sistemas oficiais.
- As ações foram realizadas em estados como São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e no Distrito Federal.
- Weverton Rocha é visto como mediador entre Lula e o presidente do Senado; a PGR diverge da prisão do senador, mencionando ausência de provas diretas de participação.
A Polícia Federal deflagrou a nova fase da Operação Sem Desconto na manhã desta quinta-feira. A ação mira fraudes no INSS e envolve prisões, mandados de busca e medidas cautelares, com foco em dados falsos no sistema e na atuação de redes criminosas ligadas ao esquema. A divulgação ocorre em meio a tensões políticas e ao cenário pré-eleitoral.
Weverton Rocha, senador pelo PDT do Maranhão e vice-líder do governo no Senado, aparece entre os alvos, segundo a PF. O conteúdo indica que ele seria parte do núcleo político que viabilizaria as atividades do esquema. Weverton negou envolvimento com corrupção em nota encaminhada à imprensa.
A PF revelou repasses de R$ 300 mil a Roberta Luchsinger, amiga de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo a decisão do STF que autorizou a operação, há indícios de cinco pagamentos nessa ordem de grandeza. A defesa de Roberta afirma não haver relação com descontos do INSS.
Novo desdobramento e alvos
A ofensiva aponta ainda para um secretário-executivo do Ministério da Previdência, com prisão domiciliar decretada, e para um programador que teria substituído um operador do esquema. Buscas também foram realizadas em endereços ligados a Weverton, em Brasília e no Maranhão.
Entre os nomes listados, há um empresário ex-assessor de Weverton e Juscelino Filho, apontado como elo entre o senador e o núcleo operacional. Planilhas de pagamento apontam valores destinados ao ex-assessor, segundo a PF. A CPMI do INSS já havia citado a possibilidade de oitiva de Weverton.
Contexto político e desdobramentos
A investigação envolve familiares do presidente Lula, como Frei Chico e Lulinha, ampliando o desgaste político. O caso também envolve o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e outros indicados a cargos estratégicos. A CPMI segue como palco de desdobramentos.
Analistas destacam que a nova fase aumenta o escrutínio sobre o governo e pode impactar decisões no STF. A atuação da PF reforça a pressão sobre a base governista e reforça a continuidade das apurações.
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