- TikTok fechou acordo para formar uma joint venture nos EUA, que assumirá parte dos negócios, com foco em proteção de dados, segurança do algoritmo e moderação de conteúdo.
- ByteDance continuará a controlar as operações nos EUA, incluindo as principais fontes de receita, como comércio eletrônico, publicidade e marketing.
- A estrutura de participação prevê Oracle, Silver Lake e MGX com 15% cada; investidores existentes da ByteDance com 30,1%; ByteDance com 19,9%; e 5% a serem vendidos a novos investidores ainda não anunciados.
- A joint venture será supervisionada por um conselho de sete membros, com a maioria americana, e operará como entidade independente com autoridade sobre dados, segurança de algoritmo, moderação de conteúdo e garantia de software.
- O fechamento é esperado para 22 de janeiro, um dia antes de um prazo que poderia ter levado ao banimento, e a accordo visa manter o TikTok nos EUA sem interrupções.
TikTok fechou um acordo para formar uma joint venture que permitirá a continuidade de suas operações nos Estados Unidos, cinco anos após Donald Trump ameaçar banir a plataforma por questões de privacidade e segurança nacional. O acordo envolve ByteDance, Oracle, Silver Lake e MGX, com foco em proteger dados, segurança de algoritmos e moderação de conteúdo.
A estrutura prevê que a joint venture assuma parte do negócio nos EUA, controlando dados, segurança de algoritmos e moderação de conteúdo. ByteDance manterá o controle das operações norte-americanas, incluindo receitas de comércio eletrônico, publicidade e marketing.
A transação encerra um período de incerteza sobre o destino do TikTok no país, que tem mais de 130 milhões de usuários. O acordo é visto como caminho para evitar a proibição, acordo que vinha sendo discutido em diferentes fases desde 2020.
Composição acionária e governança
Oracle, Silver Lake e MGX terão cada 15% da joint venture. Investidores existentes da ByteDance ficarão com 30,1%, a ByteDance possuirá 19,9% e 5% ficarão com novos investidores ainda não anunciados. A governança terá um conselho de sete membros, com a maioria de origem americana.
Segundo o memorando interno, a joint venture operará como entidade independente, com autoridade sobre dados nos EUA, proteção de dados, segurança de algoritmos, moderação de conteúdo e garantia de software. O acordo também prevê retrain do sistema de recomendação com dados dos EUA.
Detalhes operacionais e próximos passos
Oracle ficará responsável pelo algoritmo que sugere vídeos para usuários nos EUA, incluindo ajustes com dados locais para evitar manipulação externa. A China manterá controle sobre o algoritmo global, conforme acordos prévios sobre propriedade intelectual e licenças.
O fechamento está previsto para 22 de janeiro, prazo que substitui a data limite imposta pelo ex-presidente Trump. A negociação ocorreu após a aprovação de uma estrutura de segurança nacional sob a gestão de autoridades americanas.
Contexto político e reação
Na gestão norte-americana, houve avanços na condução de negociações entre EUA e China para definir a venda das operações nos EUA. O acordo chega em meio a críticas sobre concentração de mídia nas mãos de grandes investidores, conforme declarações de figuras públicas. Observadores ressaltam a leitura de impacto regulatório e de concorrência.
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