- Trump fechou acordos com nove grandes fabricantes — Merck, Bristol Myers Squibb, Gilead, Genentech, Novartis, Amgen, Boehringer Ingelheim, Sanofi e GSK — para reduzir preços de medicamentos do Medicaid e para compradores diretos.
- As empresas vão cortar preços de grande parte dos fármacos vendidos ao Medicaid e também oferecer descontos para quem paga em dinheiro, prometendo grandes economias sem revelar valores.
- Entre as medidas, estão descontos para diretório de consumo (direct-to-consumer), lançamento de novos fármacos a preços iguais aos praticados em outros países desenvolvidos e possível aumento da fabricação nos EUA.
- Em contrapartida, as companhias podem receber isenção de tarifas por até três anos e remeter parte de receitas de vendas no exterior para os EUA.
- Merck destacou descontos de cerca de 70% em Januvia, Janumet e Janumet XR, com possibilidade de oferecer Enlicitide via canais diretos, estando este último sujeito a avaliação regulatória rápida.
Donald Trump anunciou, nesta sexta-feira, acordo com nove grandes fabricantes de medicamentos para reduzir os preços de remédios comprados pelo Medicaid e para compradores diretos. As negociações visam alinhar os valores pagos nos EUA aos praticados em países ricos, com isenção tributária de até três anos e remessa de parte das receitas estrangeiras aos EUA.
Entre as empresas envolvidas estão Merck, Bristol Myers Squibb, Gilead, Genentech, Novartis, Amgen, Boehringer Ingelheim, Sanofi e GSK. Segundo autoridades, os acordos prevêem cortes de preços para a maioria dos fármacos vendidos ao Medicaid e para preços diretos ao consumidor, sem divulgar números específicos.
Merck destacou que venderá, diretamente ao consumidor, os seus antidiabéticos Januvia, Janumet e Janumet XR com redução de cerca de 70% em relação aos preços de lista, ainda quando concorrentes gerem genéricos no próximo ano. Também pode incluir o fármaco enlicitide, novo remédio para colesterol, no canal direto ao consumidor, sujeito a aprovação regulatória.
Detalhes e impactos
Os acordos incluem ainda medidas como a janela de três anos de exceção a tarifas, lançamento de novos medicamentos no país a preços equivalentes aos de outras nações desenvolvidas e aumento da produção local. Em contrapartida, as farmacêuticas devem remeter parte de receitas de vendas no exterior para os EUA.
A promessa de amplos descontos foi recebida com cautela pelo mercado, uma vez que o Medicaid representa cerca de 10% do gasto federal com medicamentos. A expectativa é de que as reduções tragam impactos dos preços e margens no setor já no próximo balanço.
Contexto institucional
Antes, Pfizer, Eli Lilly, AstraZeneca, Novo Nordisk e Merck Serono já haviam fechado acordos com o governo. Restam Regeneron, Johnson & Johnson e AbbVie sem anúncios oficiais até o momento. A postura de preço “mais favorável a nação” foi sinalizada para lançamentos de novos fármacos em preço não superior ao praticado em nações ricas.
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