- O primeiro-ministro Anthony Albanese anunciou uma revisão federal sobre processos de inteligência e policiamento, em especial antes do ataque de Bondi Beach, para verificar se as agências têm os poderes adequados.
- A reavaliação será chefiada pelo ex-diretor da Australian Security Intelligence Organisation (Asio), Dennis Richardson, e tem duração de quatro meses.
- O objetivo é analisar poderes, estruturas, processos e acordos de compartilhamento de informações das agências federais de segurança para manter a população segura.
- O estudo vai se basear na Revisão de Inteligência Independente, liderada por Richard Maude e Heather Smith, publicada em março, e deve entregar resultados até o final de abril de 2026, com publicação pública.
- Há pressão por uma comissão real federal, enquanto o governo de Nova Gales do Sul sondou a criação de uma comissão real estadual para investigar o ataque, com outras medidas legislativas em discussão.
Anthony Albanese anunciou uma revisão ampla sobre as doutrinas de inteligência e de aplicação da lei, com foco nas operações que antecederam o ataque em Bondi Beach. O estudo será liderado pelo ex-diretor da ASIO, Dennis Richardson, e terá duração prevista de quatro meses. O objetivo é avaliar se as agências federais possuem poderes, estruturas e práticas adequadas para manter a comunidade segura.
A revisão, apoiada pelo Departmento do Primeiro-Ministro e Gabinete, ampliará o trabalho de uma avaliação de inteligência independente já realizada. Richardson é veterano da Defesa e das Relações Exteriores, ex-diretor-geral de inteligência e segurança (1996-2005) e ex-embaixador em Washington. Ele já liderou investigações para o governo sobre a agência submarina australiana.
Albanese afirmou que o relatório será apresentado até o fim de abril de 2026 e que os seus resultados ficarão públicos. A nova análise surge em meio a pressão pela convocação de uma comissão real federal sobre o ataque que matou 15 pessoas, ocorrido no fim de semana anterior.
Royal commissions e ações estaduais
O primeiro-ministro também endossou a ideia de uma comissão real estadual na Nova Gales do Sul, para examinar o ataque sob uma perspectiva abrangente. A governadora local confirmou a intenção de propor leis para banir slogans e símbolos de ódio, além de ampliar medidas de segurança.
As investigações policiais apontam que Naveed Akram, de 24 anos, e o pai dele, Sajid, de 50, viajaram para as Filipinas semanas antes do ataque ao evento Chanukah by the Sea em Bondi. A ASIO havia monitorado Akram desde outubro de 2019 por ligações com uma célula associada ao Estado Islâmico, mas avaliou que ele não representava ameaça contínua.
O caso também levou a um reforço de atuação de forças federais e estaduais e ao reexame de estratégias de vigilância, prontidão e compartilhamento de informações entre agências. Alerta permanece alto, com autoridades enfatizando a necessidade de respostas rápidas diante do cenário de segurança em constante mudança.
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