- Um registro nacional de armas, prioridade após o massacre de Port Arthur, continua inacabado quase trinta anos depois, o que impediria avaliação dinâmica de risco de atiradores em Bondi.
- Segundo especialistas, se o registro fosse real em tempo real, a polícia de New South Wales poderia ter ajustado o nível de risco de Sajid Akram antes do ataque.
- Sajid Akram tinha licença de arma e possuía seis armas; o filho Naveed é apontado como coautor do ataque e foi acusado de cinquenta e nove crimes, incluindo quinze assassinatos.
- O registro nacional foi assinado em 2023, mas a implementação enfrenta atrasos, com metas para meados de 2028, recursos inadequados e registros ainda parcialmente em papel em estados como ACT e Queensland.
- O governo anunciou mudanças potenciais nas leis de armas, incluindo teto de quatro armas por pessoa e um programa de recompra em nível nacional, além de financiar digitalização dos registros.
A investigação sobre o ataque em Bondi envolvendo tiros em família judaica durante Hanucá reacende o debate sobre o registro nacional de armas na Austrália. A polícia aponta que um sistema de controle mais amplo poderia ter ajudado a avaliar o risco de envolvidos antes do ocorrido. O ataque ocorreu no fim de semana na orla de Bondi, em Nova Gânsia do Sul, quando suspeitos teriam usado armas de fogo licenciadas.
Sajid Akram, citado pela imprensa, possuía licença de arma e quatro fuzis registrados. Ele e o filho Naveed, que já está sob custódia, são acusados de múltiplas infrações após o ataque. A avaliação de inteligência pública já havia identificado a associação de Naveed com outros indivíduos, segundo informações divulgadas, sem indicar risco imediato na época. A atuação da polícia e as decisões de segurança estão sob escrutínio, com foco na proteção a comunidades locais.
Milestones missed
O governo federal e estados concordaram, em 2023, com a criação de um registro nacional de armas, após ataques anteriores. Documentos oficiais ressaltam que, até a entrega do sistema, riscos às forças de segurança e à comunidade permanecem por falhas de informação e atraso na identificação de proprietários. A projeção é ter o registro em pleno funcionamento até meados de 2028, mas o cronograma enfrenta atrasos e falhas de implementação.
A implementação encontra entraves como recursos e organização de cadastros estaduais. Em ACT, o registro ainda é em papel; em Queensland, a certificação está em transição digital. A falta de digitalização dificulta o cruzamento de dados entre Forças de Segurança, gabinetes e autoridades de registro de armas, dificultando avaliações dinâmicas de risco.
Respostas e próximos passos
O primeiro-ministro Anthony Albanese sinalizou aceleração das ações após o ataque. Em entrevista, ele mostrou disposição de ampliar o acesso a informações e discutir mudanças legais, incluindo limites de armas por pessoa e elegibilidade de licenças apenas para cidadãos. Também foi anunciada uma importância maior de um programa de recompra de armas, o maior desde a década de 1990.
O governo estadual de Nova Gânsia do Sul informou planos para promover uma lei que estabeleça um teto de quatro armas por indivíduo, com excepções para produtores rurais e atiradores esportivos. A medida visa criar um regime mais rígido e harmonizado entre estados, com foco na fiscalização de propriedade e circulação de armas.
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