- O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse estar aberto a ficar no poder por mais dez anos, em entrevista publicada pelo YouTuber TheGrefg.
- Ele mencionou que, inicialmente, combinou com a esposa deixar a política em 2029.
- A próxima eleição presidencial está prevista para 2027, definindo quem guiará o país até 2033.
- O Congresso, aliado do governo, aprovou, em julho, uma reforma constitucional para abolir limites de mandato, adiantar a eleição e estender o mandato de cinco para seis anos, tornando possível um terceiro mandato.
- Críticos questionam a legalidade dessas mudanças; Bukele afirma que não planeja uma ditadura e que caberá aos salvadorenhos decidir.
Nayib Bukele, presidente de El Salvador, disse estar aberto a permanecer no poder por mais 10 anos. A declaração partiu de uma entrevista em vídeo publicada pelo YouTuber TheGrefg, na segunda-feira, 29 de dezembro, em San Salvador. O presidente afirmou que aceitaria ficar mais uma década, mesmo tendo combinado com a esposa que deixaria a política em 2029.
A continuação no cargo depende, entre outros fatores, de questões constitucionais e políticas. Em julho, o Congresso, controlado pelo partido dele, aprovou uma reforma que flexibilizou a reeleição, alterando prazos e ampliando o mandato presidencial de cinco para seis anos.
Contexto constitucional
Especialistas apontam que a constituição do país proíbe a reeleição presidencial em vários artigos. A permissão de Bukele para buscar um terceiro mandato gerou debate sobre legalidade e impacto democrático, com críticas de setores jurídicos internos e externos.
Contexto político e avaliação pública
Bukele venceu a segunda mandato em 2024 com apoio popular, resultado associado a uma linha dura contra a criminalidade e à redução de homicídios. Críticos afirmam que as ações de segurança teriam afetado direitos civis, com denúncias de detenções arbitrárias e abusos.
Bukele já havia sido descrito, em redes sociais, como um líder com poderes fortes. O mandatário ressaltou que não planeja estabelecer uma ditadura e disse que a continuidade do seu governo caberia aos salvadorenhos decidirem.
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