- O Working Families, partido progressista, ampliou sua atuação para 18 estados, com crescimento significativo nos últimos cinco anos.
- A sigla já aparece no pleito diretamente em três estados (Nova York, Connecticut e Oregon) e ganhou destaque em cidades como New York, Dayton e Buffalo.
- O partido planeja intensificar sua participação nas primárias de 2026, apoiando candidatos que promovam política de classe trabalhadora e reformas democráticas.
- Em novembro passado, a Working Families endossou mais de 700 pessoas, na maioria concorrentes em primárias do Partido Democrata; a organização reúne mais de 600 mil filiados e mais de 100 profissionais.
- Em New Jersey, a organização ajudou a eliminar o “linha” de candidatos apoiados por caciques, abrindo espaço para representantes alinhados à Working Families; a estratégia inclui ações de recrutamento de novos nomes para o legislativo.
O Working Families, partido progressista de terceira via, aposta em 2026 como momento decisivo para crescer nos Estados Unidos. A leitura é de que o tempo é propício para ampliar a atuação fora das duas maiores legendas.
A sigla afirma ter avançado nos últimos cinco anos e já atua em 18 estados. Em Nova York, Ohio e New Jersey, o grupo tem mostrado força ao apoiar candidatos que defendem políticas voltadas aos trabalhadores, além de instrumentalizar mudanças no processo eleitoral.
O diretório nacional do partido, representado por Maurice Mitchell, sinalizou que a prioridade é ampliar a participação em primárias, buscando insígnias de poder com propostas de moradia, condições de trabalho e proteção social. A estratégia envolve atuar tanto em concorrentes dentro do espectro democrata quanto em disputas diretas.
Expansão e atuação
A organização descreve-se como multirracial e voltada para trabalhadores, buscando uma democracia que promova liberdade e igualdade. Em várias Urnas, os candidatos apoiados pelo Working Families concorreram em nome do Democratas, fortalecendo a agenda de acessibilidade econômica.
A relação com o Partido Democrata tem sido estratégica: lançar-se como uma força que pressiona pelas reformas sem abandonar a filiação em seguidas oportunidades. A gestão ressalta que as escolhas viram ponte entre diferentes estruturas eleitorais.
Mitchell aponta que a erosão de marcas partidárias tradicionais favorece o surgimento de uma alternativa centrada no interesse dos trabalhadores. A organização também trabalha para reduzir barreiras que dificultam a emergência de terceiros no país.
Resultados em eleição local
Na cidade de Nova York, o Working Families articulou uma lista de candidatos que se apoiaram mutuamente para não dividir votos, mobilizou voluntários e investiu em ações contra adversários, incluindo apoio indireto a Martha Mamdani. O resultado foi uma vitória surpresa de Mamdani para a prefeitura.
A eleição demonstrou força do rótulo Working Families, com votos no próprio rótulo superando parte do apoio ao campo republicano. O candidato comentou que votou nele mesmo pela linha do partido, em prática de fusão eleitoral comum na cidade.
Na região, o partido também celebrou avanços em New Jersey, onde a campanha trabalhou para abolir o que chamam de linha partidária que privilegia bosses locais. Em Jersey City, James Solomon venceu a prefeitura com apoio do Working Families, ampliando o alcance em conselhos municipais.
Próximos passos e perspectivas
Para 2026, a organização planeja intensificar a atuação em legislaturas estaduais, buscando flexibilizar a composição de câmaras e ampliar a presença de representantes alinhados com a agenda de trabalhadores. Já havia anúncio de challengers em distritos federais, com foco em questões como datacenters e custo de vida.
Entre na conversa da comunidade