- Emily Thornberry afirma que o governo poderia ter evitado falhas no caso de Abd el-Fattah ao designar um enviado especial para casos complexos envolvendo britânicos detidos no exterior.
- Segundo a deputada, o enviado iria realizar checagens de antecedentes e redes sociais, resolvendo falhas de compartilhamento de informações.
- O ex-secretário de Relações Exteriores David Lammy disse, em 2024, que o governo nomearia um enviado para detenções complexas, mas até agora não houve nomeação.
- Abd el-Fattah voltou ao Reino Unido no Boxing Day após ser perdoado e libertado no Egito; ele recebeu cidadania britânica em 2021.
- O debate político envolve propostas de deportação e revogação da cidadania, com revelação de publicações antigas nas redes sociais do ativista e de familiares.
Alaa Abd el-Fattah voltou ao Reino Unido no Boxing Day, após ser condecorado e liberado no Egito. O caso envolve críticas a falhas de diligência e a eventual uso de uma figura oficial para checagens em casos complexos envolvendo britânicos detidos no exterior. A deputada Emily Thornberry aponta falhas de compartilhamento de informações.
Thornberry, presidente da comissão de assuntos exteriores da Câmara dos Comuns, disse que a simples criação de um enviado especial poderia ter evitado erros. Ela argumenta que esse posto teria poderes para realizar checagens de fundo e verificações de redes sociais.
David Lammy, ex-secretário de Relações Exteriores, declarou em 2024 que o governo iria nomear um enviado para casos complexos, mas até agora não houve confirmação dessa figura. Os correligionários enfrentam críticas pela condução de informações.
Em carta ao ministro das Relações Exteriores, Yvette Cooper, Thornberry sugeriu que, se o enviado estivesse em 2024, as falhas de diligência não teriam ocorrido. A deputada enfatizou que o gabinete poderia ter utilizado o poder do cargo para checar antecedentes.
Abd el-Fattah recebeu cidadania britânica em 2021, sob governo conservador. O ativista foi libertado após pressão de governos britânicos, que também defenderam sua libertação. Críticos questionam a natureza de sua reabilitação na vida pública.
Nas últimas semanas, surgiram comentários antigos dele nas redes sociais, datados de 2010, que geram controvérsia. O governo destacou que não houve mudança na posição sobre sua cidadania nem sobre seu status legal no país.
O primeiro-ministro Keir Starmer informou ter condenado os tweets, apesar de ter celebrado anteriormente o retorno do ativista. Partidos de oposição exigem medidas duras, inclusive a retirada da cidadania britânica em casos extremos.
Reagindo, o secretário de Segurança de Oposição mencionou postagens atribuídas à irmã de Abd el-Fattah, que teriam tomado posição em apoio a ações de Hamas. A controvérsia alimenta o debate sobre a condução de casos de militância e cidadania.
O governo lançou uma revisão sobre falhas de informações no caso. Fontes oficiais estimam que não houve base legal para retirar a cidadania, dada a ausência de enquadramento jurídico para esse tipo de sanção. Direitos humanos criticam medidas extremas.
Entre na conversa da comunidade