- Luigi Mangione, 27, foi preso em Altoona, Pensilvânia, após a polícia encontrar uma revista de arma envolta em cuecas durante abordagem em um McDonald’s, ligando-o ao assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Manhattan.
- A busca no bolso da mochila ocorreu sem mandado inicialmente; policiais afirmaram protocolo para itens perigosos, e depois houve mandado, com a polícia retornando ao local para registrar as evidências.
- Foram encontrados uma revista, uma arma calibre 9 mm e um caderno descrito como “manifesto” do suspeito; a defesa contesta a legalidade da busca, enquanto a promotoria sustenta autorização e relação com o caso Thompson.
- Testemunhos na audiência preparatória indicaram que a arma corresponde à usada no crime e que o caderno continha escritos desfavoráveis a seguradoras, além de indicativos de ligação com um CEO em conferência de investidores.
- A análise foca na legalidade da coleta de evidências para os casos estadual e federal; o juiz advertiu sobre termos usados pela promotoria e manteve o tom neutro durante a audiência.
Luigi Mangione, de 27 anos, foi preso em Altoona, Pensilvânia, após uma abordagem em um McDonald’s. Durante a checagem, a polícia encontrou uma revista de arma enrolada em cuecas no bolso da mochila dele. A diligência, segundo a investigação, levou agentes a ligarem o material ao assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Manhattan.
Na audiência preparatória, ficou claro que a busca inicial ocorreu sem mandado, sob a alegação de protocolo para itens perigosos. Um mandado foi emitido posteriormente, e a polícia retornou ao local para abrir a documentação pertinente. Além da revista, foram encontrados uma arma 9 mm e um caderno descrito como potencial “manifesto” do suspeito.
A defesa contesta a legalidade da busca do jeito que ocorreu, argumentando que não havia mandado nem justificativa para a busca sem mandado. Já a promotoria sustenta que houve autorizacão e que as evidências estão conectadas ao caso Thompson.
Segundo testemunha ligada ao caso, a revista, a arma e o caderno podem viabilizar ligações diretas entre Mangione e o homicídio em Manhattan, ocorrido cinco dias antes. A avaliação envolve o uso de registros de câmeras corporais e a sequência de buscas realizadas depois da prisão.
Mangione foi detido em Altoona, a cerca de 370 quilômetros de Manhattan, após uma chamada de emergência. Durante a ocorrência, a policial Christy Wasser conduziu parte da busca, com apoio de outros agentes, incluindo Joseph Detwiler. Wasser relatou que o objetivo inicial era verificar a presença de itens perigosos.
A defesa ainda questiona se o local foi isolado adequadamente durante a apuração, enquanto a promotoria afirma que a busca culminou na obtenção de um mandado horas depois, autorizado pela Justiça. O material recolhido foi encaminhado para as autoridades de Nova York para investigação complementar.
Mangione responde a acusações de assassinato em duas jurisdições, estadual e federal, com diferentes perspectivas processuais. O caso envolve, ainda, a referência a um registro escrito no caderno, descrito pela acusação como um manifesto, que pode indicar motivações contra seguradoras.