Milhares de apoiadores de Evo Morales marcharam em La Paz para exigir sua candidatura nas eleições de agosto, desafiando uma decisão do Tribunal Constitucional que o impede de concorrer. Durante a manifestação, houve confrontos com a polícia, resultando em feridos entre os policiais e um jornalista. O governo alertou que Morales pode ser preso se aparecer em público. Ele já foi presidente da Bolívia e governou por três mandatos, mas sua tentativa de buscar um quarto foi barrada pela Justiça. Apesar de ter prometido participar da marcha, ele não apareceu, temendo ser detido por acusações de crimes que considera politicamente motivados. Os manifestantes, que incluem muitos indígenas e trabalhadores rurais, expressaram seu apoio a Morales, enquanto o governo tentava controlar a situação. O presidente do Tribunal Eleitoral afirmou que Morales poderia se inscrever, mas isso não garantiria sua participação nas eleições, já que a decisão judicial que o desqualifica ainda está em vigor. A situação política na Bolívia é tensa, com a crise econômica e a luta interna dentro do partido de Morales, o Movimento ao Socialismo.
Milhares de apoiadores do ex-presidente Evo Morales marcharam em La Paz na última sexta-feira, exigindo sua candidatura nas eleições presidenciais de agosto. A manifestação ocorreu em resposta a uma decisão do Tribunal Constitucional que impede Morales de concorrer, devido a uma limitação de mandatos.
Os protestos se intensificaram quando a polícia tentou dispersar os manifestantes, resultando em confrontos que deixaram feridos, incluindo dois policiais e um jornalista. O comandante da polícia, Juan Russo, afirmou que os manifestantes estavam usando pedras e fogos de artifício, caracterizando a marcha como não pacífica.
Morales, que governou a Bolívia de dois mil e seis até sua saída em dois mil e dezenove, não compareceu à marcha, temendo ser preso. O governo, por sua vez, alertou que ele poderia ser detido caso fosse encontrado nas ruas. O ministro Eduardo del Castillo pediu que Morales se entregasse voluntariamente.
A decisão do Tribunal Constitucional, que reafirma a proibição de reeleição para presidentes que já cumpriram dois mandatos, foi criticada por Morales. Ele argumentou que as decisões judiciais são arbitrárias e favorecem os que estão no poder. O ex-presidente já havia tentado, sem sucesso, modificar a regra em dois mil e dezessete.
A marcha, que atraiu principalmente apoiadores rurais e indígenas, demonstrou a força política de Morales, mesmo após sua saída do poder. Os manifestantes, muitos vestidos com trajes tradicionais, clamaram por sua volta, destacando a insatisfação com a atual crise econômica que afeta o país.
A situação política na Bolívia continua tensa, com a possibilidade de que a exclusão de Morales das eleições possa levar a um aumento das mobilizações populares. A falta de um candidato forte pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales, após a desistência do atual presidente Luis Arce, intensifica a incerteza política.
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