O deputado André Ventura, líder do partido Chega e figura proeminente da ultradireita em Portugal, gerou polêmica ao publicar uma montagem em seu Instagram sugerindo a deportação de imigrantes irregulares. Na imagem, ele aparece como piloto da TAP, acompanhada da legenda: “PS e PSD querem saber o que faríamos aos ilegais que estão em Portugal? […]
O deputado André Ventura, líder do partido Chega e figura proeminente da ultradireita em Portugal, gerou polêmica ao publicar uma montagem em seu Instagram sugerindo a deportação de imigrantes irregulares. Na imagem, ele aparece como piloto da TAP, acompanhada da legenda: “PS e PSD querem saber o que faríamos aos ilegais que estão em Portugal? Eis a resposta: um bilhete para longe”. Essa declaração surge em meio a um acúmulo de 400 mil pedidos de regularização na agência de imigração (AIMA), com a maioria dos requerentes sendo brasileiros.
A situação na AIMA é crítica, com muitos imigrantes enfrentando longas esperas para obter autorização de residência. Ventura, ao responder a críticas, afirmou que sua postagem era apenas uma “brincadeira nas redes sociais” e se declarou alvo de perseguição política, após o jornal “Expresso” associar sua mensagem a um grupo nazista em Portugal.
Essa não é a primeira vez que a ultradireita europeia utiliza táticas semelhantes. Recentemente, o partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD) distribuiu panfletos que simulam passagens aéreas para deportar imigrantes, com frases como “Passagem de deportação. Só a remigração ainda pode salvar a Alemanha”. A polícia alemã está investigando essa ação, que também gerou controvérsias.
Esses eventos refletem um clima crescente de tensão em relação à imigração na Europa, onde partidos de direita têm adotado discursos mais agressivos. A situação em Portugal, com a pressão sobre a AIMA, destaca a complexidade do tema, que envolve não apenas questões políticas, mas também sociais e humanitárias.
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