Uma denúncia anônima alertou as autoridades sobre um possível vandalismo em Brasília antes do ataque à sede da Polícia Federal (PF) em 12 de dezembro de 2022, data da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin. A informação, revelada pela Folha de S. Paulo, contradiz a versão dos […]
Uma denúncia anônima alertou as autoridades sobre um possível vandalismo em Brasília antes do ataque à sede da Polícia Federal (PF) em 12 de dezembro de 2022, data da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin. A informação, revelada pela Folha de S. Paulo, contradiz a versão dos bolsonaristas, que alegaram que o ataque foi uma “resposta” à prisão do indígena Serere Xavante, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a reportagem, a denúncia recebida em 10 de dezembro indicava que o ataque estava sendo organizado por “índios disfarçados”. Além da invasão à PF, o grupo também incendiou veículos em Brasília. Um relatório da Polícia Civil do Distrito Federal revelou que ônibus com os vândalos partiram de Cascavel (PR) para uma manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas os passageiros eram, na verdade, os “índios disfarçados” que planejavam causar tumulto.
A tensão em Brasília aumentou após as eleições presidenciais de outubro de 2022, quando Bolsonaro foi derrotado. Apoiadores do ex-presidente montaram acampamentos em frente ao QG do Exército, e a situação culminou em atos golpistas em 8 de janeiro de 2023. A PF também encontrou uma convocação que pedia um “cenário caótico” antes da posse de Lula, distribuída em grupos de WhatsApp de bolsonaristas, convocando a “maior mobilização da história do Brasil”.
José Acácio Serere Xavante, preso em 12 de dezembro por atos antidemocráticos, deixou a prisão em setembro de 2023, mas fugiu após quebrar a tornozeleira eletrônica. Ele foi recapturado em dezembro de 2024 na Argentina.
Entre na conversa da comunidade